quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Capítulo 42: Dundalk

Dundalk (Dún Dealgan em irlandês) é uma cidade da República da Irlanda e é a capital do condado de Louth (An Lu em irlandês). Possui 37.816,00 habitantes e é conhecida por ser a cidade natal dos irmãos da banda The Corrs e da escritora Catharine Gaskin. 

--------------------------------------------------------------

Quando vim para a Irlanda, lembro que logo pensei que seria uma boa oportunidade para conhecer alguma coisa da Europa, além do país, mas queria muito dar uma explorada por aqui também na Ilha da Esmeralda. E, mesmo sabendo que não visitarei tudo o que gostaria, conheci vários lugares sensacionais, muito da região dos arredores de Dublin e lugares mais afastados também, como é o caso de Dundalk. 


Mas aí você me pergunta: Dundalk? Mas porque lá? Só para tentar achar a vocalista do The Corrs (Andrea Corrs) e pedí-la em casamento? Também. Mas não apenas por isso.

Nota: Minha namorada, Fanny, fala fluente o espanhol e isso ajuda ela na compreensão do português, principalmente da leitura. Ou seja, vou apanhar quando ela ler isso! - Amor, Je t'aime! 

E falando na Fanny, eis o motivo de Dundalk ser a minha segunda casa aqui pela Irlanda. Mas vamos do começo. Calma, apenas um resumo. O mouse já tinha dado uma escorregada pro X ali no canto superior da tela, né?

No começo do nosso namoro ela estava desempregada e procurando por alguma nova oportunidade. Foi quando ela foi contratada pela Paypal e descobriu que não trabalharia na empresa em Dublin, mas sim em Dundalk e teria que se mudar para lá na semana seguinte. Foi uma época em que balançamos quanto ao relacionamento, mas decidimos continuar juntos nos programando para nos vermos aos finais de semana. A distância entre as duas cidades é de 85km (+/- 1 hora de carro), e fica bem no meio do caminho entre Dublin e Belfast. Comecei a ir com frequência para lá e conhecer mais da cidade. Na verdade, na Irlanda só existem duas cidades: Dublin e Belfast. O restante é divido em large town, town, small town e village. Dundalk é considerada uma town. Para entender mais sobre as divisões da Irlanda, o Rick nos explicou detalhadamente aqui.

Semanalmente estamos no ônibus da Companhia Matthews viajando pelas estradas, com uma paisagem verde e muito bonita acompanhando todo o percurso. Depois de sete meses fazendo isso, tive a proeza de pegar um ônibus errado e o motorista me largou no meio da estrada. Dúvida? Aperta o play!


Mas voltando a Dundalk, como toda boa região irlandesa, o centro da cidade é tomado por restaurantes e pubs, desde os mais tradicionais, até os mais modernos. Por ser mais interior, a vivência e a percepção de uma vida irlandesa ficam mais perceptíveis. Por mais que existam algumas (várias) empresas por lá - motivo pelos quais mais turistas estão imigrando para lá a cada ano - ainda se vê pouco destes nas ruas, além de muito comércio local, daqueles que o dono te puxa para conversar, cantar uma música ou mesmo contar uma velha história. 

Podemos encontrar por lá uma St. Patricks Church também, um dos Institutos de Tecnologia mais famosos do oeste do país e uma estação de trem equipada com um museu contando um pouco da história local, bem como uma relevante importância ao esporte e a arte (fotografia). 

Foi lá, inclusive, que vivenciei a noite mais louca da viagem até agora! Chegamos em um PUB, em um grupo, pedimos nossas Guinness e começamos a bater papo. Como de costume, uma banda começou a tocar e animar o pessoal. Eles eram bem brincalhões e bem irlandeses, tocando músicas raízes, misturadas com algumas mais famosas. Em um determinado momento tiveram a brilhante ideia de falar que eu tocava violão. Logo disse que não e pedi que continuassem o show. Mas eles queriam a participação do pessoal na sugestão de músicas. Foi aí que a Fanny virou para o maluco do violão e falou: "Meu namorado sabe tocar, chama ele pra você ver". O cara veio até mim, me deu o violão na mão e falou: "Você não tem como falar não, vamos lá tocar uma música com a gente!". Levantei e pedi pra ele me ajudar a cantar, porque quem me conhece sabe que o vocal não é o meu forte. Lembrando os velhos tempos, ainda mais aqui do lado da Inglaterra, toquei um som de uma banda que eu gosto quase nada, Oasis. A classiquera Wonderwall. Na segurança que todos cantariam comigo, e assim foi. Desacreditei enquanto tocava e a galera do pub ia seguindo junto, com palmas e copos erguidos. Ao final, os caras da banda ainda vieram me abraçar, super empolgados. Setáloko! Daquelas noites pra gente sempre guardar na memória e ter história pra contar no futuro.

Foto do PUB falado acima

Afim de conhecer uma cidade diferente das tradicionais por aqui? Dundalk é uma ótima sugestão. Além de ser a cidade que morarei no meu último mês aqui na Irlanda. 

Thiago "Tôca" Santos

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Capítulo 41: Aprendendo a aceitar a escolha do fim.

"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram"

Gloria Hurtado 

-----------------------------------------------------------

Fiquei na dúvida sobre o título que daria a este capítulo, se este que lhes foi apresentado ou "a decisão". Em todo o caso, não quero fazer um post de despedida (ainda), mas sim compartilhar o momento em que decidi colocar um ponto final ao intercâmbio e os motivos disto. Não falarei em geral sobre encerrar o intercâmbio, falarei sobre a minha experiência, a qual acredito que pode servir de melhor exemplo e inspiração para pessoas em situações parecidas.

Mas aí, antes de tudo, você me pergunta:

- Thiagão, você vai me trazer umas lembrancinhas daí?

E eu respondo:

- Não!

Pois bem, após muito pensar, refletir, ponderar, conversar, orar, pensar mais um pouco e ficar na dúvida, decidi voltar ao Brasil. Pois é, pessoal. Em tempos de "VEM PRA RUA", o povo irlandês lançou uma forte campanha para mim, no caso "VOLTA PRA CASA!". E para alegria geral da nação irlandesa e tristeza geral da nação brasileira, estarei de volta à São Paulo em outubro.


Quando vim para Dublin fazer o intercâmbio tinha o plano de ficar seis meses, sendo estes prorrogáveis ou não, dependendo da minha situação. Lembro que em meados de maio, tive uma conversa com meus pais na qual eu falava que estava pensando em retornar em junho ou julho, após o término das minhas aulas, pois a situação estava difícil e eu não conseguia emprego. Porém, o namoro teve um grande peso na escolha de continuar minha vida aqui por mais um tempo, além é lógico de viagens planejadas e um emprego que havia conseguido no final do mês de maio.

Morar fora do país, ainda mais na Europa é algo que serei eternamente grato pelo privilégio, mas foi ótimo para perceber que os problemas e as dificuldades continuam presentes, apesar de por vezes se apresentarem de maneiras diferentes. Não consegui um emprego fixo aqui, e sim trabalhos temporários, bicos aqui ou ali, os quais me sustentavam para o próximo mês, mas nunca me davam a certeza de um futuro ou de uma possível renovação do visto. O mês de julho foi o pior mês (ou o menos legal) aqui, pois não estava sendo chamado no trabalho todos os dias, estava cansado de não ter grana e um tédio começou a tomar conta da minha rotina. Se eu não estivesse namorando, trocaria a passagem do voo para a semana seguinte, satisfeito por tudo o que já havia vivido.

Como eu disse no Capítulo 22 deste blog, o planejamento e o jeito que você vai optar por gastar o seu dinheiro é única e exclusivamente sua responsabilidade e sua opção. Temos a facilidade de viajar por preços ridículos  mais baixos que no Brasil e conhecer países vizinhos em finais de semana? Sim. Mas quando a verba é curta, cabe a você saber como gastá-la. Eu abri mão de sair, de comer em restaurantes, de gastar com cerveja, etc., procurando economizar e usufruir de uma maneira melhor, no caso viajando. E é o que farei até o final deste intercâmbio. Mas chega uma hora que, com o perdão da palavra, dá no saco não ter um euro no bolso e viver apenas para se sustentar (com dinheiro de sub-emprego ainda por cima).

Entendo o sub-emprego da seguinte maneira: como um MEIO, e as viagens e o sustento como um FIM. Sempre compreendi ele como uma facilidade durante um período, o qual nos planejamos. Mas, ficar aqui em Dublin, vivendo mais tempo, fazendo trabalhos braçais e recebendo pouco por isso, realmente vale a pena? Pode ser que para alguns, sim. Depende do que você quer para a sua vida. Eu acredito que já estou numa idade e numa fase que quero voltar ao Brasil, ter melhores oportunidades e começar a construir uma carreira, agora muito mais maduro e certo de minhas escolhas. Além de usar toda a bagagem que esta experiência me proporcionou. 

Não é fácil colocar um ponto final, e sem dúvida nenhuma uso o meu lado totalmente racional neste texto que vos é escrito aqui, bem como na minha decisão. Terei eu feito a escolha certa? Abrir mão desta qualidade de vida e desta experiência agora? E se... 


Posso ter inúmeras questões e inúmeros "e se...", mas estou certo de que este ciclo está se fechando, e eu procurarei dar a ele um fechamento sensacional.

"Every new beginning comes from some other beginning's end"

Dito isso, comecem a assar a carne e tocar um samba... Fé em Deus, Fé na Vida! Vamô com tudo!

Thiago "Tôca" Santos

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Capítulo 40: Aprendendo a não colocar a vassoura atrás da porta!

"A maturidade do homem consiste em haver reencontrado a seriedade que tinha no jogo quando era criança"

Friedrich Nietzsche 

----------------------------------------------------------

Há uns meses atrás enviei este texto para o site Papo de Homem e, após eles terem pedido algumas alterações para uma eventual publicação, compartilho com vocês por aqui:

"E a gente não cansa de aprender, com situações extremamente cotidianas, porém antes não vistas ou percebidas. Por exemplo? Receber visita. A primeira lida nesta frase parece algo comum e óbvio. Porém, nesta experiência que estou tendo o privilégio de desfrutar, é mais uma coisa que colocarei no currículo.

Primeiro, deixe-me situá-los do porquê da expressão citada "nesta experiência". Estou morando na Irlanda, em Dublin mais especificamente. Resolvi colocar a mochila nas costas e mudar o estilo de vida por um tempo, ir atrás de um sonho. Óbvio que aprender inglês é uma ótima desculpa para quem faz intercâmbio, mas a real é que esta viagem é muito mais que isso. E, da mesma maneira que vivencio uma liberdade nunca antes vivida - já que morava com meus pais até vir para cá - vivencio também uma responsabilidade nunca antes vivida.

Um grande poder traz uma grande responsabilidade 

Quando a gente mora com os pais nem sempre se dá conta do trabalho que dá receber uma visita. Pelo menos comigo era assim. 

- Filho, semana que vem os seus primos chegam para passar uns dias conosco.
- Tá bom, Mãe.
- Tenta dar uma organizada no quarto, por favor.
- Tá boooom, Mãe. O que tem de janta hoje?

E acabava que nunca organizava nada, e de repente meus primos estavam na frente da porta do meu quarto, no caso bagunçado. Entretanto, quando você começa a morar sozinho a história muda de lado e você vai para o lado negro da força, digo, para o lado dos seus pais.

Algumas vezes durante este ano que estou aqui do outro lado do oceano recebi visitas de amigos e família do Brasil. E, como um bom anfitrião (ou quase isso) procurei fazer tudo da melhor maneira possível para o bom conforto de todos. Só que é justamente nestas situações que você começa a se preocupar com coisas nunca antes pensadas na história deste país: O que será que eles gostam de comer? Se eles vão chegar do aeroporto com fome? Deixo algo mais ou menos pronto? Qual vai ser o cardápio da semana? E o roteiro do dia? Coberta, lençol e travesseiro para todos? Para quem eu posso pedir um favor? Tenho leite, manteiga, queijo, presunto, água e pão como comida básica disponível? 

Por mais que pareçam perguntas para quem está na larica, é importante você se preocupar com o que o pessoal vai comer. Além do que deixar para pensar isso na hora vai frustrar, muito provavelmente não sairá como planejado e ir ao mercado com fome é um rombo desnecessário para a carteira. 

O que vamos fazer? Dar uma estudada na cidade antes e nas atrações destas são fatores importantes. Essa pessoa que vem me visitar gosta do que? Onde posso levá-la? 

Onde vão dormir? Tem coberta suficiente? Lembre que você não está no seu país e a temperatura é diferente, sem falar da limpeza do quarto/casa. E não, não aquela limpeza quase um assopro que você enganava seus pais no passado, mas uma limpeza de verdade. Tirar e lavar cortina, tapete... Pode ser quase uma missão impossível, mas exatamente como no filme, procure deixar o resultado final da melhor maneira possível.

Já aprendeu a varrer um chão ou limpar uma estante?

Engraçado que hoje, olhando e relembrando meus pais antigamente, entendo o porquê diversas vezes eles pareciam longe em pensamento ou preocupados com algo. Apesar do prazer, da diversão, e de tudo o mais de bom que uma visita nos proporcionava, meus pais sempre a deixavam no maior conforto possível, e isso eu acabei herdando e aprendendo com eles.

E um grande treinamento para isso é você começar a se observar como visita quando está visitando um familiar, um amigo, uma amiga com segundas intenções ou seja lá o que for. Todos gostam de ser bem tratados. Duas dicas de ouro aqui são: 1 (como anfitrião). Procure comprar algo diferenciado para aquela pessoa que está te visitando. Se você sabe que ela gosta de, por exemplo, BIS sabor limão, mas com gosto de tamarindo, é esse mesmo que você vai revirar a cidade para achar. Pode parecer bobagem, mas faz uma diferença monstruosa; 2 (como visita). Ajude a limpar, lavar a louça, dar uma organizada. Depois de viver do lado de cá, serei uma visita diferente daqui para frente também. Não que eu fosse porcão ou folgado, sempre ajudei, mas percebi que sempre posso ajudar um pouco mais, mesmo que ouça um: "não precisa" de começo.

O resultado de tudo isso que estou falando bem provável que seja: você (e eu) acaba esquecendo metade e vai se virando nos 30 durante a semana. Mas isto no começo, depois você começa a pegar o jeito da coisa. Em um geral, entre mortos e feridos, salvam-se todos." 


Thiago "Tôca" Santos

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Capítulo 39: Conhecendo outros capítulos!

"Sou a única pessoa do mundo que eu realmente queria conhecer bem"

Oscar Wilde

----------------------------------------------------------------

Conhecendo outros capítulos? Oi? Pois é galera. Quando ainda estava no começo deste blog o Rick deixou um comentário me convidando para participar de uma comunidade de "blogueiros da Irlanda". Pessoas que, assim como eu, repartem suas histórias, experiências, curiosidades e histórias sobre o intercâmbio e o velho mundo no geral com suas viagens. Muitos dos acessos que ocorrem aqui são de cliques vindos de lá, e o meu objetivo com este post é fazer você conhecer um pouco mais sobre a Irlanda clicando nos links abaixo. Cada um tem um jeito de escrever e uma visão diferente, o que poderá ser interessante para você leitor. Mais links estão relacionados na barra direita do site. Quando vim para a Irlanda, já fui beneficiado com sites sobre o país, mas hoje em dia parece que muito mais gente está querendo compartilhar isto online, o que é de grande benefício para você futuro intercambista, ou mesmo turista que pensa em conhecer a ilha.  

Enfim, chega de churumelas...

[...]


Quem sou eu?
Meu nome é Tarsila Krüse. Sou ilustradora, contadora de estórias e sonhadora, apaixonada pelo mundo e desfrutando a vida descobrindo novos lugares, cores, coisas e sabores. 

Uma característica e um defeito?
Curiosidade (característica e defeito).

Minha sogra é:
Vitaminada

O seu clique para o meu blog vai valer a pena porque...
O Vida na Irlanda oferece tudo, desde informações culturais, até as mais práticas sobre como visitar, estudar, conhecer e viver na Irlanda, sendo um dos blogs mais completos sobre o assunto.

A vida de uma Tôca na Irlanda é...
Um livro de memórias virtuais, que combina a experiência de descobrir o mundo através do aprendizado da vida. 

Link para o site: http://www.vidanairlanda.com/



Quem sou eu?
Ricardo Martins, mas por favor, me chame de Rick (se você ficar bravo comigo, chame de Ricardo). Bauruense, 24 anos, formado em Publicidade, pós-graduando em comunicação e trabalho com design e social media. Curioso, inconformado e sonhador desde criança (por influência dos filmes da Disney). Sempre quis ganhar o mundo e, sempre contei e inventei histórias e sempre soube que um dia eu chegaria lá. Mesmo não sabendo exatamente onde era "lá". Costumo dizer que sou aquele tipo de pessoa que tem o "bichinho". Sabe aquele bichinho que não te deixa em paz, que não te deixa se conformar com as coisas e que quer sempre mais? Que come o almoço pensando na janta? Então, eu tenho um. E é culpa dele. Única e exclusivamente dele, essa minha vontade de me jogar no mundo. 

Uma característica e um defeito?
Sou muito sonhador e otimista (em relação a algumas coisas), mas sou muito ansioso e, às vezes (quase sempre), isso me atrapalha.

Minha sogra é?
Irlandesa #brinks

O seu clique no meu blog vai valer a pena porque...
Eu procuro ser o mais transparente possível ao relatar as minhas experiências, sejam elas boas ou ruins e isso vai te fazer rir bastante, porque eu me meto em cada uma...

A vida de uma Tôca na Irlanda é...
Cheia de aventuras, como um filme da sessão da tarde e cheia de aprendizados, como todo ano sabático deve ser. Também é uma inspiração.

Link para o site: http://livinlavidarick.com/



Quem sou eu?
Eu sou Bárbara. Paulistana, professora de inglês, adoro estudar idioma e História. 

Uma característica e um defeito?
Sou empolgada quando estou feliz com alguma coisa, mas animo mesmo! Defeito: emotiva demais, choro com qualquer coisa.

Minha sogra é:
Hmmm... meio sem noção, mas é uma ótima cozinheira.

O seu clique no meu blog vai valer a pena porque...
Porque eu tenho uma visão crítica das coisas e dou dicas de várias passeios culturais por aqui.

A vida de uma Tôca na Irlanda é...
Um blog muito bem escrito e divertido. Sempre me pego rindo ao ler os posts do Thiago e sempre reflito sobre alguma coisa no final.




Quem sou eu?
Eu sou Bia, professora de Inglês e com alguns parafusos a menos, que foi morar na Irlanda porque não tinha nada mais interessante para fazer no Brasil. Paulistana, 20 e alguns anos, fã de The Smiths, Mafalda e Woody Allen. 

Uma característica e um defeito?
Dom divino da paciência / Teimosa.

Minha sogra é:
Que? Quem? :)

O seu clique no meu blog vai valer a pena porque...
Para rir e chorar das minhas histórias e saber um pouco mais sobre a Irlanda.

A vida de uma Tôca na Irlanda é...
Um blog com recortes de um intercâmbio na Irlanda, com impressões e reflexões do Tôca dessa experiência incrível.


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Capítulo 38: Parques em Dublin

"Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome"

Mahatma Gandhi

----------------------------------------------------------------

Uma das coisas que pesquisei antes de vir para cá e o fiz logo que cheguei foi visitar os parques aqui pela cidade. Em São Paulo, costuma ir ao Parque do Ibirapuera com bastante frequência, correr, caminhar, observar o movimento e fugir um pouco daquela selva de pedra que o cercava. Muito influenciado por meus irmãos este comportamento. 

E aqui na Irlanda não foi diferente. A Irlanda é o país da Europa com mais área verde, e consequentemente com mais parques e reservas naturais. Ao todo na Irlanda são cinco parques nacionais e setenta e cinco reservas culturais. E uma das principais atividades que fazemos com quem vem nos visitar é levar aos parques para um passeio. E opção é o que não nos falta.

Como disse no capítulo com a magrela, eu e ela já estivemos em vários destes parques, sendo este um destino frequente no meu dia a dia. E não apenas meu, pois apesar de no verão ser muito mais frequentado, os irlandeses e turistas sempre estão presentes fazendo os seus piqueniques, jogando bola (quando permitido), tomando sorvete, lendo um livro, caminhando, praticando o seu esporte ou simplesmente fazendo um break no horário de almoço.

Não vou falar de todos os parques aqui, mas sim alguns que me chamam mais atenção e os quais costumo ir com mais regularidade. 

SAINT STEPHEN'S GREEN - Localizado no final ou no começo da Grafton St. - depende o ponto de referência - é um dos mais antigos e populares, cheio de canteiros de flores coloridas, estátuas, lago e um jardim para deficientes visuais. Talvez o meu favorito aqui, muito acolhedor. 


PHOENIX PARK - O maior parque fechado da Europa está localizado ao lado do Rio Liffey, e é aberto 24 horas por dia. Dentro dele estão localizados o Dublin Zoo, a casa do Presidente e a casa do Primeiro-Ministro. A extensão dele é absurda de grande, então a melhor opção é alugar uma bicicleta em uma de suas entradas e percorrer pedalando os principais pontos. Ele tem várias partes em que o sentimento de isolamento com a cidade se fazem muito presentes. 


MERRION SQUARE PARK - É um parque que recebe mais atrações, como artistas, exposições e festivais pequenos. Localizado na frente da casa em que morava o famoso escritor irlandês Oscar Wilde, você pode encontrar uma estátua do mesmo no meio do parque. 


EAMONN PARK - Do lado da minha casa - entre a Sundrive Road e Clogher Road - este parque oferece facilidades para quem quer jogar futebol de quadra ou campo, tênis, basquete ou, principalmente, para quem quer andar de bicicleta, pois tem um velódromo na sua parte central. 


BUSHY PARK - Além de tudo o que os outros parques oferecem, este tem uma pista de skate e bicicleta para a galera realizar suas manobras, campo para treinar futebol gaélico, além de uma área cheia de árvores, como uma gruta. Um pouco afastado do centro, localizado em Terenure, Dublin 6.


Como falei, a lista de parques é imensa, mas vale conferir e pesquisar sobre mais estes aqui também:

Dublin's Secret Garden - Dublin 2
National Botanic Gardens - Dublin 9
St. Patrick's Park - Dublin 8

Sei que este post, para quem não reside aqui ou para quem não planeja visitar a cidade é inútil, mas de vez em quando informações quanto a isso são relevantes a serem compartilhadas.

Thiago "Tôca" Santos