terça-feira, 23 de abril de 2013

Capítulo 22: A nova cara do intercâmbio!

"Pior que não terminar uma viagem, é nunca partir."

Amyr Klink

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Goooooood Mooorning, Vieeetnaaaam!!! 

(Ok, para quem não viu o filme, esse começo foi sem sentido algum!)

Em conversa com a minha família via Skype dias atrás falávamos sobre intercâmbio e sobre a "Nova Cara" deste nos dias atuais. E, papo vai, papo vem, fiquei pensando mais sobre o assunto e eis o motivo de escrever sobre isto neste post. 


Antigamente fazer intercâmbio era algo raro, inacessível a maioria da população e poucas opções de escolha nos eram oferecidas. Se você não fosse da alta sociedade, pais ou parentes estrangeiros ou ganhasse na mega-sena, era um sonho distante e, admirados pelos amigos os que conseguiam esta proeza. As saudades eram grandes e o contato pequeno. Celulares, computadores e toda essa parafernalha tecnologica não eram algo comum e os poucos, mas preciosos minutos no telefone, eram realizados com grande intensidade. Lógico, após a dor da facada no final do mês com a sua conta de telefone. Receber um postal, então? Ele chegava a ficar exposto na sala de sua casa. Que bacana!

Com o tempo mais países começaram a desenvolver estes programas, universidades começaram a oferecer mais oportunidades de viagens para seus alunos e, mais informações se fizeram presente e, por consequência, mais pessoas começaram a ser beneficiadas. Como eu e você. 


Engraçado que, das diversas coisas que ouvi quando vim para cá, algumas vezes (infelizmente) ouvi a seguinte frase:

- Vai fazer intercâmbio, é? Que playboy! Viagenzinha, curtir a vida... aí sim, queria isso pra mim também!

E eu me pergunto: então porque não começa a ir atrás ao invés de ficar com julgamentos lamentáveis em cima dos outros? Se tratando de intercâmbio você pode! Então sai desse discurso superficial pronto. 

Isso que falo não vem de graça. Lógico, que não. E não vou fazer demagogia aqui ou usar discursos de uma vida sofrida que enfrentei, etc. Talvez algumas pessoas gostariam de fazer e não tem condições financeiras no momento. Mas isso pode mudar. Mas exigirá investimento, e não apenas economico.

Quando decidi vir pra cá, não foi algo como: "Quer saber? Cansei dessa vida. Amanhã estou indo fazer um intercâmbio!". Muito pelo contrário. Minha busca (de verdade) começou em 2009. E, após várias pesquisas, averiguar a economia, a situação do momento, pesar se largaria o trabalho ou não, entre outras coisas, abandonei o sonho, voltei a sonhar com ele, desisti de vez, e hoje em 2013 onde eu estou?


Ao invés de sair em um final de semana e gastar R$80,00 em bebida e comida, ou cinema, ou o que quer que seja, economize. Coloque o seu carro a venda, comece a andar de ônibus, e junte esse dinheiro no banco. Separe boa parte do seu salário para a sua poupança, ou o que lhe for cabível naquele mês. Depois de um tempo, você colherá os frutos. Foi assim comigo, porque não pode ser assim com você? Quantas vezes deixei de ter uma vida social com os amigos por conta disso? Quantas vezes neguei o desejo do consumo para poder economizar? Quantas vezes vi grande parte do meu salário indo direto para uma conta, e eu me controlando para não gastar? Pode não ser fácil, mas é totalmente possível, depende de você. E não me arrependo de nada disso, afinal estou colhendo os frutos hoje e aproveitando cada gota que consigo extrair. 

E o que quero dizer com tudo isso? Hoje em dia fazer intercâmbio é algo muito mais possível que anos atrás. O próprio Governo Federal, por exemplo, está investindo neste belo programa Ciência Sem Fronteiras, em diversos países pelo mundo. As agências de intercâmbio e viagem cada vez mais com promoções, formas de pagamento e parcelamento mais cabíveis ao seu bolso. O Brasil, graças a Deus, com a taxa de desemprego baixa, oferecendo oportunidade à todos. Tudo está com cara nova, e o maior beneficiado disso somos nós.

Você tem a internet com seu infinito arsenal de buscas e respostas, para tirar dúvidas sobre intercâmbio em diferentes lugares (assim como este próprio blog!). Feiras de intercâmbio na sua cidade. Enfim, olha o tanto de informação que nos é transmitida e está a nossa volta atualmente.


O que era quase impossível e para poucos, hoje é bem possível e para muitos. O intercâmbio está de cara nova, e ela parece estar sorrindo pra gente. Se você tem vontade de fazê-lo, aproveite a chance, ela pode bater apenas uma vez na sua porta. 

Thiago "Tôca" Santos

terça-feira, 16 de abril de 2013

Capítulo 21: Impressões de um francês sobre o Brasil


Oliver Teboul é um francês que está morando no Brasil, mais especificamente em Belo Horizonte. E, na tentativa de relatar um pouco sobre a vida no país canarinho, ele escreveu 65 curiosidades diversas observadas.

Destas extraí 20, as que achei mais interessantes (para o texto não ficar muito grande), mas quem tiver curiosidade (e vale a pena), confira o resto no link de seu blog:


http://olivierdobrasil.blogspot.com.br/2013/04/curiosidades-brasileiras.html

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Aqui no Brasil, tudo se organiza em fila: fila para pagar, fila para pedir, fila para entrar, fila para sair e fila para esperar a próxima fila. E duas pessoas ja bastam para constituir uma fila.

- Aqui no Brasil, não se pode tocar a comida com as mãos. No MacDonalds, hamburger se come dentro de um guardanapo. Toda mesa de bar, restaurante ou lanchonete tem um distribuidor de guardanapos e de palitos. Mas esses guardanapos são quase de plastico, nada de suave ou agradável. O objetivo não é de limpar suas mãos ou sua boca mas é de pegar a comida com as mãos sem deixar papel nem na comida nem nas mãos.

Aqui no Brasil todo é gay (ou ‘viado’). Beber chá: e gay. Pedir um coca zero: é gay. Jogar vólei: é gay. Beber vinho: é gay. Não gostar de futebol: é gay. Ser francês: é gay, ser gaúcho: gay, ser mineiro: gay. Prestar atenção em como se vestir: é gay. Não falar que algo e gay : também é gay.

- Aqui no Brasil, o cliente não pede cerveja pro garção, o garção traz a cerveja de qualquer jeito.

- Aqui no Brasil, a vida vai devagar. E normal estar preso no transito o dia todo. Mas não durma no semáforo não. Ai tem que ser rápido e sair ate antes do semáforo passar no verde. Não depende se tiver muitas pessoas atrás, nem se estiverem atrasados. Também é normal ficar 10 minutos na fila do supermercado embora que tenha só uma pessoa na sua frente. Ai demora para passar os artigos, e muitas vezes a pessoa da caixa tem que digitar os códigos de barra na mão ou pedir ajuda para outro funcionário para achar o preço de um artigo. Mas, na hora de retirar o cartão de credito, ai tem que ser rápido. Não é brincadeira, se não retirar o cartão na hora, a mesma moça da caixa que tomou 10 minutos para 10 artigos vai falar agressivamente para você agilizar: “pode retirar o cartão!”. 

- Aqui no Brasil, a música faz parte da vida. Qualquer lugar tem musica ao vivo. Muitos brasileiros sabem tocar violão embora que não consideram que toquem se perguntar pra eles. Tem músicos talentosos, mas não tantos tocam as musicas deles. Bares estão cheios de bandas de cover.

- Aqui no Brasil, a política não funciona só na dimensão esquerda - direita. Brasil é um pais de esquerda em vários aspectos e de direita em outros. Por exemplo, se pode perder seu emprego de um dia pra outro quase sem aviso. Tem uma diferencia enorme entre os pobres e os ricos. Ganhar vinte vezes o salario minimo é bastante comum, e ganhar o salario minimo ainda mais. As crianças de classe media ou alta estudam quase todos em escolas particulares, as igrejas tem um impacto muito importante sobre decisões politicas. E de outro lado, existe um sistema de saúde publico, o estado tem muitas empresas, tem muitos funcionários públicos, tem bastante ajuda para erradicar a pobreza em regiões menos desenvolvidas do país. O mesmo governo é uma mistura de política conservadora, liberal e socialista.

- Aqui no Brasil, e comum de conhecer alguem, bater um papo, falar “a gente se vê, vamos combinar, ta?”, e nem trocar telefone.

- Aqui no Brasil, a palavra “aparecer” em geral significa, “não aparecer”. Exemplo: “Vou aparecer mais tarde” significa na pratica “não vou não”.

- Aqui no Brasil, as pessoas acham que dirigir mal, ter transito, obras com atraso, corrupção, burocracia, falta de educação, são conceitos especificamente brasileiros. Mas nunca fui num pais onde as pessoas dirigem bem, onde nunca tem transito, onde as obras terminam na data prevista, onde corrupção é só uma teoria, onde não tem papelada para tudo e onde tudo mundo é bem educado!

- Aqui no Brasil, o Deus esta muito presente... pelo menos na linguagem: ‘vai com o Deus’, ‘se Deus quiser’, ‘Deus me livre’, ‘ai meu Deus’, ‘graças a Deus’, ‘pelo amor de Deus’. Ainda bem que ele é Brasileiro.

- Aqui no Brasil, os homens se abraçam muito. Mas não é só um abraço: se abraça, se toca os ombros, a barriga ou as costas. Mas nunca se beija. Isso também é gay.

- Aqui no Brasil, tem um jeito estranho de falar coisas muito comuns. Por exemplo, quando encontrar uma pessoa, pode falar “bom dia”, mas também se fala “e ai?”. E ai o que? Parece uma frase abortada. Uma resposta correta e comum a “obrigado” e “imagina”. Imagina o que? Talvez eu quem falte de imaginação.

- Aqui no Brasil, as lojas, o negócios e os lugares sempre acham um jeito de se vender como o melhor. Já comi em vários ‘melhor bufe da cidade’ na mesma cidade. Outro superativo de cara de pau é ‘o maior da América latina’. Não custa nada e ninguém vai ir conferir.

- Aqui no Brasil, tem uma relação ambígua e assimétrica com a América latina. A cultura do resto da América latina não entra no Brasil, mas a cultura brasileira se exporta la. Poucos são os brasileiros que conhecem artistas argentinos ou colombianos, poucos são os brasileiros que vão de ferias na América latina (a não ser Buenos Aires ou o Machu Pichu), mas eles em geral visitaram mais países europeus do que eu. O Brasil as vezes parece uma ilha gigante na América latina, embora que tenha uma fronteira com quase todos os outros países do continente.

- Aqui no Brasil, o brasileiros acreditam pouco no Brasil. As coisas não podem funcionar totalmente ou dar certo, porque aqui, é assim, é Brasil. Tem um sentimento geral de inferioridade que é gritante. Principalmente a respeito dos Estados Unidos. To esperando o dia quando o Brasil vai abrir seus olhos.

- Aqui no Brasil, tem um organismo chamado o DETRAN. Nem quero falar disso não, não saberia por onde começar...

- Aqui no Brasil, no taxi, nunca se paga o que esta escrito. Ou se aproxima pra cima ou pra baixo.

- Aqui no Brasil, marcar um encontro as 20:00 significa as 21:00 ou depois. Principalmente se tiver muitas pessoas envolvidas.

- Aqui no Brasil, o povo é muito receptivo. E natural acolher alguem novo no seu grupo de amigos. Isso faz a maior diferencia do mundo. Obrigado brasileiros.


terça-feira, 9 de abril de 2013

Capítulo 20: Trinity College Library and Malahide Castle.


"Se você falar com o homem numa linguagem que ele compreende, isso entra na cabeça dele. Se você falar com ele em sua própria linguagem, você atinge o seu coração". 

Nelson Mandela

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Antes de mais nada gostaria de agradecer demais a você. Sim, você mesmo que está lendo esse blog agora. Para de olhar para trás, é você mesmo. Ah, você clicou aqui sem querer? Tudo bem. Mesmo assim meu muito obrigado. Apesar de apenas cinco meses de funcionamento, fico honrado com as mais de 4 mil visitas de várias partes do mundo. Pessoas começando a me procurar para tirar dúvidas sobre o intercâmbio, pegar informações sobre a Irlanda, minha vida, vídeos, etc... enfim, VALEU! 

Para você que ainda não sabe, coloquei uma opção aqui do lado direito do blog do Google Tradutor. Como escrevo apenas para o público brasileiro, preferi optar por escrever em português (faz sentido!), e mesmo sabendo da tradução safada que o Google Tradutor oferece, é uma opção para os gringos. Mas, pensando bem, porque estou escrevendo esse parágrafo em português? Não fez sentido nenhum e você perdeu 2 minutos da sua vida lendo essa baboseira. Desculpe.


Mas vamos ao capítulo propriamente dito, e comecemos pela BIBLIOTECA DA TRINITY COLLEGE.

Me interessei pelo lugar por estar dentro da principal universidade da Irlanda e por conter uma série de livros antigos. Oi? Tá bom, é mentira. Me interessei mesmo porque ouvi falar que tinham gravado o Harry Potter lá, e como leitor dos livros quis conhecer. 

A biblioteca tem alguns fatos interessantes, como ser a biblioteca com o maior acervo de publicações da história da Irlanda, com inúmeros exemplares em uma sala muito grande e bonita. Se você viu o filme, sabe do que estou falando. Contém o famoso "Livro de Kells", manuscrito rarissimo e peça fundamental do cristianismo irlandês. 

Mas em um geral? É meia-boca total. Valeu por tirar algumas fotos e ver algumas gravuras do manuscrito, mas em 20 ou no máximo 30 minutos você já está procurando a saída. 

Fatos curiosos: 

- Não há menção do filme Harry Potter em nenhum lugar, mas os funcionários do local (e a internet) te fornecem estas informações. 
- O Arquivo Jedi, do Templo Jedi, no filme "Star Wars II: O Ataque dos clones" é baseada na biblioteca.

Preço que paguei: 8 euros (estudante).
Preço justo: 3 euros.


Mudando o assunto de pato para ganso, falemos agora sobre o CASTELO DE MALAHIDE.

Este Castelo é um dos mais famosos e tradicionais na região de Dublin e arredores. Para ser mais preciso, Malahide é um vilarejo próximo a Dublin. 

Nunca havia estado em um lugar parecido antes, e saber que o mesmo tem mais de 900 anos - quase o dobro de tempo do que o meu próprio país - é muito louco!

A área ao redor do Castelo é de aproximadamente 250 acres e, historicamente pertenceu a Família Talbot até 1975, quando passou a pertencer ao Governo Irlandês e anos mais tarde ser aberto ao público.

Dentro do Castelo você faz um tour guiado, e conhece várias salas, curiosidades, modos de vida, objetos peculiares da época e histórias sobre os fantasmas que habitavam (ou habitam, vai saber) no local.

Acabei indo em um dia que, apesar do sol, estava um vento muito gelado e uma temperatura bem baixa. Porém, se você for no verão (o que é mais aconselhável, até porque os horários de visitação são mais flexíveis), o "jardim" do Castelo é uma ótima área para você passar o tempo fazendo um piquenique, lendo um livro, conversando com os amigos, namorando ou mesmo relaxando com uma bela paisagem.

Para chegar lá é bem fácil. Você pode pegar o ônibus 42 na Lower Abbey Street (no Centro de Dublin), e ficar atento quando avistar a área do Castelo. É bem perceptível o local.

Preço que paguei: 8,50 euros (estudante).
Preço justo: 8,50 euros. 


Thiago "Tôca" Santos

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Capítulo 19: Corra que os brasileiros vem aí?



"Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra! Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha e não nos deixa só porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso."

Charles Chaplin

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Antes de vir para a Irlanda, enquanto ainda me preparava para esta viagem, um dos conselhos que mais ouvi - depois de "leve uma blusa", e "não precisa ter pressa para voltar"- foi em relação a "FUGIR DOS BRASILEIROS". 



E aqui, cabem inúmeros exemplos dos jeitos que eles me foram transmitidos. Cada um de acordo com a própria experiência, conhecimento, opinião própria ou simplesmente da boca pra fora. 

Passados quase seis meses aqui, sinto que tenho base para falar sobre o assunto e dar a minha opinião sobre tal. Não acredito ser a verdade universal, apenas o meu ponto de vista e o jeito como resolvi encarar esta situação.

Meu principal objetivo em vir para cá era aprender e aprimorar a língua inglesa. E, sem dúvida, realizar o sonho antigo de morar fora, me virar sozinho, crescer, amadurecer, e todo o mais que sempre repito com quem conversa comigo sobre esta experiência.

Pois bem, se vim para aprender o INGLÊS, nada melhor do que falar bastante o idioma. Certo? Certo. Mas relacionar o fato de querer aprender inglês com o fato de menosprezar todos os brasileiros daqui para mim não faz muito sentido. Afinal, a minha base de inglês eu conquistei no Brasil, que até onde eu sei, a maioria de sua população é constituída de brasileiros. Ou estou enganado?




Cabe a você tomar as suas decisões e resolver o jeito que você vai se organizar aqui. Você não precisa andar apenas com brasileiros e falar português o dia inteiro, mas não espere ajuda de nenhum italiano, alemão, espanhol, ou seja o que for a nacionalidade quando você precisar de ajuda, principalmente relacionada a trabalho. Não que eles sejam sacanas, eles podem até vir a ajudar, mas essa hora um "irmão canarinho" vai fazer a diferença.

E outra, como eu vou reclamar dos brasileiros com o velho papo de estarem em todos os lugares, se eu estou COLABORANDO para isso no momento? Estariam estas pessoas reclamando de si próprias sem saber? Santa incoerência.

No começo estamos pilhados para falar inglês o tempo todo. Nos programamos para falar inglês com os brasileiros, ler o jornal, ver a televisão, ir para os PUB's para trocar ideia com os estrangeiros. Porém, observo que com o tempo essa prática perdeu e muito a sua força. Em minha própria escola, éramos um grupo de franceses, brasileiros, espanhóis, etc, todos juntos e misturados, mas com o passar do tempo, cada um meio que seguiu para a sua própria tribo. Eu mesmo ando com muitos brasileiros aqui, e até moro com eles. Não sei se é a cultura, o jeito, as conversas, o costume, mas isso não aconteceu só com nós, mas sim com todas estas nacionalidades que citei acima.





Sim, falei que moro com brasileiros. Outro "conselho" que ouvi muito negativamente, e digo com toda sinceridade que não poderia ser melhor. Nos adaptamos muito bem, temos a nossa programação, e não tivemos problemas de comunicação ou desentendimentos (até o momento). Sucesso! E aí você pode argumentar que o fato de só falamos português em casa pode ser ruim. E aí que eu digo que você está enganado. Morar com estrangeiro pode ser muito legal e pode te beneficiar um pouco neste sentido. Mas até aí dizer que isto é um diferencial para o seu aprendizado, é demais.

Vou para a escola todos os dias pela manhã. Quando estou em casa vejo muita televisão, leio livros e vejo filmes e séries. Procuro combinar alguns rolês com alguns amigos estrangeiros, e conversar bastante na escola para aprimorar. O resultado? Totalmente positivo. Tenho certeza que estou aprimorando muito o meu inglês, mesmo tendo bastante o que aprender ainda. Sinto ele diferente de quando eu cheguei.

Resumidamente, você que está pensado em fazer uma viagem como esta, vai o meu conselho: não ande apenas com brasileiros ou fale português o dia inteiro, porque você poderá viver o tempo que for aqui, e não aprenderá o inglês. Mas, não os despreze. Não seja incoerente com você mesmo. Temos inúmeros meios para o aprendizado, cabe a você traçar o seu objetivo.

Thiago "Tôca" Santos