Dundalk (Dún Dealgan em irlandês) é uma cidade da República da Irlanda e é a capital do condado de Louth (An Lu em irlandês). Possui 37.816,00 habitantes e é conhecida por ser a cidade natal dos irmãos da banda The Corrs e da escritora Catharine Gaskin.
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Quando vim para a Irlanda, lembro que logo pensei que seria uma boa oportunidade para conhecer alguma coisa da Europa, além do país, mas queria muito dar uma explorada por aqui também na Ilha da Esmeralda. E, mesmo sabendo que não visitarei tudo o que gostaria, conheci vários lugares sensacionais, muito da região dos arredores de Dublin e lugares mais afastados também, como é o caso de Dundalk.
Mas aí você me pergunta: Dundalk? Mas porque lá? Só para tentar achar a vocalista do The Corrs (Andrea Corrs) e pedí-la em casamento? Também. Mas não apenas por isso.
Nota: Minha namorada, Fanny, fala fluente o espanhol e isso ajuda ela na compreensão do português, principalmente da leitura. Ou seja, vou apanhar quando ela ler isso! - Amor, Je t'aime!
E falando na Fanny, eis o motivo de Dundalk ser a minha segunda casa aqui pela Irlanda. Mas vamos do começo. Calma, apenas um resumo. O mouse já tinha dado uma escorregada pro X ali no canto superior da tela, né?
No começo do nosso namoro ela estava desempregada e procurando por alguma nova oportunidade. Foi quando ela foi contratada pela Paypal e descobriu que não trabalharia na empresa em Dublin, mas sim em Dundalk e teria que se mudar para lá na semana seguinte. Foi uma época em que balançamos quanto ao relacionamento, mas decidimos continuar juntos nos programando para nos vermos aos finais de semana. A distância entre as duas cidades é de 85km (+/- 1 hora de carro), e fica bem no meio do caminho entre Dublin e Belfast. Comecei a ir com frequência para lá e conhecer mais da cidade. Na verdade, na Irlanda só existem duas cidades: Dublin e Belfast. O restante é divido em large town, town, small town e village. Dundalk é considerada uma town. Para entender mais sobre as divisões da Irlanda, o Rick nos explicou detalhadamente aqui.
Semanalmente estamos no ônibus da Companhia Matthews viajando pelas estradas, com uma paisagem verde e muito bonita acompanhando todo o percurso. Depois de sete meses fazendo isso, tive a proeza de pegar um ônibus errado e o motorista me largou no meio da estrada. Dúvida? Aperta o play!
Mas voltando a Dundalk, como toda boa região irlandesa, o centro da cidade é tomado por restaurantes e pubs, desde os mais tradicionais, até os mais modernos. Por ser mais interior, a vivência e a percepção de uma vida irlandesa ficam mais perceptíveis. Por mais que existam algumas (várias) empresas por lá - motivo pelos quais mais turistas estão imigrando para lá a cada ano - ainda se vê pouco destes nas ruas, além de muito comércio local, daqueles que o dono te puxa para conversar, cantar uma música ou mesmo contar uma velha história.
Podemos encontrar por lá uma St. Patricks Church também, um dos Institutos de Tecnologia mais famosos do oeste do país e uma estação de trem equipada com um museu contando um pouco da história local, bem como uma relevante importância ao esporte e a arte (fotografia).
Foi lá, inclusive, que vivenciei a noite mais louca da viagem até agora! Chegamos em um PUB, em um grupo, pedimos nossas Guinness e começamos a bater papo. Como de costume, uma banda começou a tocar e animar o pessoal. Eles eram bem brincalhões e bem irlandeses, tocando músicas raízes, misturadas com algumas mais famosas. Em um determinado momento tiveram a brilhante ideia de falar que eu tocava violão. Logo disse que não e pedi que continuassem o show. Mas eles queriam a participação do pessoal na sugestão de músicas. Foi aí que a Fanny virou para o maluco do violão e falou: "Meu namorado sabe tocar, chama ele pra você ver". O cara veio até mim, me deu o violão na mão e falou: "Você não tem como falar não, vamos lá tocar uma música com a gente!". Levantei e pedi pra ele me ajudar a cantar, porque quem me conhece sabe que o vocal não é o meu forte. Lembrando os velhos tempos, ainda mais aqui do lado da Inglaterra, toquei um som de uma banda que eu gosto quase nada, Oasis. A classiquera Wonderwall. Na segurança que todos cantariam comigo, e assim foi. Desacreditei enquanto tocava e a galera do pub ia seguindo junto, com palmas e copos erguidos. Ao final, os caras da banda ainda vieram me abraçar, super empolgados. Setáloko! Daquelas noites pra gente sempre guardar na memória e ter história pra contar no futuro.
Foto do PUB falado acima
Afim de conhecer uma cidade diferente das tradicionais por aqui? Dundalk é uma ótima sugestão. Além de ser a cidade que morarei no meu último mês aqui na Irlanda.
Thiago "Tôca" Santos
Ahhhh, um dos seus melhores posts! Muito bom! ;)
ResponderExcluirDepois de concluir que Murphy é realmente seu best friend, a pergunta que não quer calar: como você chegou a Dundalk no dia em que foi largado na estrada?? rsrs
Bjs
Valeu, Xuxu! ;) Hahaha, foi uma peregrinação de uns quase 10km até uma cidade próxima. Lá me informei e peguei um outro ônibus. Acredita? Murphy's Law! Bjs, e tá chegando!!
ExcluirMuito bom! Já estou me convidando pra ir pra Dundalk passar um dia com você e a Fanny de guias! :)
ResponderExcluirTocar num pub irlandês: inesquecível, sensacional!
Está mais do que convidada! ;)
ExcluirOlá Thiago! Gostei demais do seu post. Raios, será que todo mundo que vai ou que pelo menos deseja ir a Dundalk é por causa dos The Corrs?!!! (Risossss)
ResponderExcluirCoincidentemente sou mega fã dos Corrs e ficaria muitíssimo feliz se desse de cara com eles por lá. Sonho meu. Na verdade, gostaria de estudar música irlandesa por lá, (flauta e violino), sendo a Sharon minha professora. Nada mal!!!
Olá Patrícia! Pois é, essa cidade está bem caracterizada com a banda mesmo. E, depois deste post, descobri e visitei o PUB que pertencia a família Corrs e onde os irmãos trabalhavam quando mais novos. Bem bacana. Tomara que consiga visitar a cidade. Bjs e obrigado pela visita.
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