sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Capítulo Final!

"Sempre é preciso saber quando uma etapa está chegando ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais tempo do que o necessário perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver"

Fernando Pessoa

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Como diria Truman - o personagem de Jim Carey no filme O Show de Truman - "Caso eu não os veja novamente, bom dia, boa tarde e boa noite".

É com está frase acima que inicio aquele que será o último capítulo deste blog e desta aventura sensacional que foi o meu intercâmbio na Irlanda nos anos 2012 e 2013, a qual vocês puderam acompanhar - em partes - por aqui. 

Após meses de estudo, mais alguns meses de trabalho, onze países viajados, várias cidades na Irlanda visitadas, pessoas novas se apresentando e se despedindo, (muita) batata nas refeições, um novo amor na minha vida e histórias que renderão bons momentos ainda, me despeço de um país que nunca mais será o mesmo para mim. 

Agradeço desde já todos vocês, leitores, que acompanharam, que comentaram, que curtiram a Fan Page no Facebook, que mandaram mensagens, torceram por mim, viajaram junto comigo, e alguns de maneira mais especial puderam e tiveram a chance de me visitar. Meu muito obrigado! - E de forma especial aos meus pais, sem os quais nada disso seria possível. 

Tropecei na questão que diz respeito a trabalho, apesar de ter lutado e tentado muito, infelizmente certas coisas não dependem só de mim. Oportunidades que não apareceram, pessoas para me indicar que eu não conheci, o fator de ter o visto de estudante e nenhuma cidadania européia me atrapalharam, mas apesar disso ainda consegui lavar uns pratos, juntar a minha grana e viajar por aqui, o que era o meu objetivo desde o começo.

A questão do inglês saio mais do que satisfeito. Tenho muito o que aprender ainda, mas daquele inglês macarrônico que cheguei para o comunicável que tenho hoje em dia, missão cumprida. 

Voltarei outro, mas um outro que apenas continua aprendendo com a vida e que sabe que nada sabe ainda. Experiência, maturidade, conhecimento nunca serão demais e continuarei buscando evoluir com o passar dos dias, onde quer que eu me encontre no futuro. Assim como Alexander Supertramp se expressa, fonte de inspiração para este blog - Into The Wild - continuo procurando o meu Norte. Qual será o próximo capítulo?

Antes de encerrar, deixo com vocês meu último vídeo, o qual gravei um pouco antes de sair de Dublin, gravando imagens de lugares os quais estive sempre por lá durante este ano. 


Parafraseando o gênio Woody Allen, eu não tenho medo de ir embora, apenas não quero estar lá quando isto acontecer. 

Thiago Tôca Santos


FIM

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Capítulo 47: Para Roma com amor!

"Força e Honra"

Gladiador

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Ave Caesar! 

É com está saudação que começo o penúltimo capítulo deste blog, a qual não poderia ser de forma mais especial por tratar sobre minha viagem à Roma. É meus amigos, sabe todas aquelas histórias que você já ouviu de familiares, amigos, desconhecidos, livros, televisão, filmes, que retratam a capital italiana como um dos lugares mais fantásticos e bonitos no mundo? Pois é, tudo verdade. 

Roma sempre foi um dos lugares que mais quis conhecer no mundo, e estava na minha lista de prioridades quando me mudei para este lado do oceano. Mas, por algumas mudanças no percurso no intercâmbio e escolhas, quase que ficou de fora. Ainda bem que consegui recuperar isso e, fechando este ciclo de viagens antes do meu retorno ao Brasil, concluo este ano "sabático"com chave de ouro. 

Coliseu e o Gladiador (depois da guerra!)

Em Roma sente-se o peso da História, mas de uma forma que não nos sintamos intimidados. Neste lugar onde deuses romanos, ruínas seculares e sólidos monumentos se fazem presente a cada esquina, tudo isso convive familiarmente com o mais comum dos mortais, nós seres humanos. E mesmo perdidos nas vielas, praças e labirínticas vias, nos encontramos sempre. Como li estes dias: 

"Nas suas vivências e personagens, nas suas histórias e memórias, que fazem da capital italiana uma metrópole cheia de adjetivos, simples e banais, palavras usadas para lhe emprestar por escrito uma aura que tem tanto de mística como de mítica, tudo de romântica, mas também de trepidante e caótica".

Nós meio que estávamos na ânsia de conhecer tudo de uma só vez, Museu do Vaticano - Capela Sistina, Igreja de São Pedro, Coliseu, Fontana de Trevi, Fórum Romano, Panteão, ver o Papa, comer pizza, experimentar o famoso sorvete, se empanturrar com massas e perceber que de moda temos muito o que aprender com os italianos. 

Poder ver o túmulo do apóstolo Pedro, poder respirar a obra fantástica de Michelangelo no teto da Capela Sistina, poder admirar a pintura que mais gosto (Escola de Atenas, Raphael), estar dentro do coliseu e ficar observando as águas correndo na Fontana de Trevi são imagens e momentos que me acompanharão na lembrança por toda a vida. E sim, o Papa estava lá e nós tivemos a chance de vê-lo e de assistir a missa no domingo de manhã junto com mais zilhões de pessoas ao nosso redor. 

Fontana de Trevi

E agora caímos na inevitável frase feita, realmente todos os caminhos vão dar em Roma. Ou seja, não há como esgotar a capital italiana, por todo lado e por toda parte haverá sempre algo novo para se ver e aprender. 

Só uma curiosidade e uma opinião pessoal para fechar o capítulo. Sabe a tradicional pergunta: Qual a melhor pizza do mundo? Atenção produção, polêmica: ainda fico com a de São Paulo. O sabor e o gosto são os mesmos, mas o diferencial pra mim em São Paulo é a variedade de sabores que temos. 

"You and me, we're meant to be, walking free in harmony, one fine day we'll fly away, don't you know that Rome wasn't built in a day, ye ye ye..."



Thiago "Tôca" Santos

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Capítulo 46: Je t'aime, Fanny!

"Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure"

Vinícius de Moraes

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Talvez esse seja o capítulo mais especial deste blog, pois o é dedicado a pessoa mais especial para mim e a melhor coisa que poderia ter acontecido neste intercâmbio. Minha namorada, Fanny.

Não sei se fui uma pessoa boa ou não no ano de 2012, mas sei que o Papai Noel me dedicou o melhor presente de todos. Foi na noite do dia 24 de dezembro que, após a consulta de um amigo francês se ele poderia convidar uma amiga para a ceia, nos conhecemos. E depois desse dia o resto é história...

Desde o começo sabíamos da nossa situação e que está fusão França x Brasil poderia nos trazer difíceis decisões no futuro. Mas resolvemos seguir o caminho do presente e aproveitar o momento. Carpe Diem and seize the day. 

No começo a comunicação era um pouco truncada, devido ao meu fraco inglês, e muitos gestos, portunhol, caretas e risadas da situação se faziam presente. Uma cumplicidade e um encanto.

Mal e mal o barco começou a andar e ela recebeu uma proposta para morar em outra cidade, devido a uma ótima oportunidade de trabalho. Um baque, uma decisão, continuaríamos juntos à distância? Sim. E foi maravilhoso. Um pouco cansativo também pelas viagens de final de semana, mas as quais valiam a pena apenas por ver o seu sorriso quando nos encontrávamos. 

Não me sentia mais sozinho e, finalmente, tinha alguém com quem dividir a minha vida, os meus problemas, as peripécias rotineiras. E vice-versa. 

Não demorou muito para ficar sério, e aí a família e os amigos são apresentados. Ainda que alguns pessoalmente, a maioria por meios virtuais, mas não menos importantes. 

Fanny, mais do que uma namorada, você foi minha companheira, minha força, minha esperança, meu refúgio, minha amiga, minha razão de continuar aqui por mais tempo do que o planejado.

Não me estenderei neste post, pois tudo o mais que tenho para lhe falar o farei pessoalmente, e apenas para quem importa: você. Divido com os leitores deste blog um pouco do porque do sorriso no meu rosto, mas a intimidade, isso fica entre nós. 

Obrigado à todos que junto conosco se alegraram e nos desejam coisas boas. Quanto ao futuro que é a pergunta que mais ouço atualmente, deixemos nas mãos de Deus e deixa a vida nos levar...

Para finalizar, um vídeo que fiz para homenageá-la e mostrá-la o meu amor!


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Capítulo 45: Adelaide Road Presbyterian Church

"Seja forte e corajoso! Não fique desanimado, nem tenha medo, porque eu, o SENHOR, seu Deus, estarei com você em qualquer lugar para onde você for!"

Josué 1.9

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Antes de começar a escrever este post gostaria de fazer um adendo. Sou um cara muito mente aberta, respeito as pessoas, suas crenças, opções, jeitos, etc. Não sou de ficar fazendo pregação, mas isso não quer dizer que não tenha minha crença e filosofia de vida. Sempre ouço das pessoas um apreço por determinadas filosofias, sejam budistas, umbandas, ou quaisquer outras, e mesmo quem não as segue as tem como diferentes, exóticas e interessantes. Mas é só falar que você crê em Deus que você é um babaca, alienado. "Respeite-me porque sou ateu, mas você crê em Deus? Que idiota.". Santa incoerência. Não sou muito de discutir religião, apenas quando sinto que a outra pessoa quer trocar ideia e tem algo a acrescentar, ao invés de me julgar. Hoje em dia dizer que sou evangélico eu não gosto, porque é tanta igreja de esquina capitalista que acaba sujando a imagem das demais. Sou luterano, uma igreja muito tradicional. Dito isso, não farei um post de pregação e não quero converter ninguém a nada, apenas quero expressar o significado e a importância da igreja neste meu período na Irlanda. Acho válido fazer essa reflexão antes para evitar futuros desconfortos. Cada um é livre e faz o que quiser da vida, e essa é uma das belezas de se viver. 

Em frente a Igreja Luterana

Mas vamos lá, do começo. No princípio criou... ok! Não tão do princípio assim. Antes de vir para Irlanda, na hora em que fui me despedir dos meus pais, eles me leram o Salmo 121 e me dedicaram este versículo de Josué acima para a minha viagem. E, este acabou sendo um dos meus temas aqui, sempre presente no meu dia a dia ou, de maneira mais especial, quando um desafio se fazia presente.

Como dito antes, sou luterano e logo que cheguei aqui procurei uma igreja luterana na internet com a ajuda do meu pai. Ao chegar no domingo e ouvir os primeiros 5 minutos do culto, pensei algo: 

"Cara, o meu inglês está pior do que eu imaginava!".

Mas, não. Após alguns minutos percebi que o culto estava sendo feito em alemão, e que os cultos em inglês eram apenas no último final de semana do mês. Ao caminhar de volta para casa, pensando no que faria a este respeito, encontrei uma igreja Presbiteriana (que segue praticamente a mesma linha), e resolvi começar a frequentá-la, ao passo que lá o culto era em inglês. E fui muito bem acolhido. Todos se encantavam com o fato de eu ser brasileiro e queriam saber se eu tinha sido bem acolhido pelo povo irlandês. Frequentei lá durante todo este ano que estive por aqui, sendo o meu "alimento espiritual" para me manter firme e forte nesta experiência. Como diz o livro de Provérbios: "Ensina o teu filho no caminho em que deve andar, e até quando for velho não se desviará dele". Sou de família cristã e recebi esta instrução desde o berço. 

Assumo que, no começo, era um pouco difícil de acompanhar o culto inteiro em inglês, com muito vocabulário novo e uma fala muito rápida por parte do pastor e dos membros da igreja. Mas, tinha uma parte do culto, que alguém fazia um resumo do que estava sendo falado para as crianças, de uma forma bem lúdica e fácil. Ah garoto, essa parte era sensacional. E lógico, apesar da concentração master, minha cara era a de quem já tinha entendido tudo antes. 

Para fechar, antes de me mudar para Dundalk no último final de semana, fui no último culto da igreja. E, por incrível que pareça, pela primeira vez em um ano eles ofereceram a Santa Ceia. Para quem tem um pouco de conhecimento, sabe que este é, se não o mais, um dos momentos mais íntimos de comunhão com o Senhor e, após o aval do pastor, pude participar e encerrar com chave de ouro mais esta parte também. 


Site da Adelaide Road Presbyterian Church: http://www.adelaideroadchurch.ie/

Se você não é cristão e leu este post até aqui, obrigado pelo respeito. Qualquer dúvida ou interesse, pode deixar um comentário aqui embaixo.

Thiago "Tôca" Santos

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Capítulo 44: Sul da França, um pouco da Espanha e Portugal

"Um homem precisa viajar, por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros e tevês, precisa viajar por si, com os olhos dos pés, para entender o que é seu"

Amyr Klink

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Aí chegou o dia que ela me falou:

- Thiago, está na hora de você conhecer o resto da minha família. Está na hora de você conhecer o meu pai.

Putz.

Após terminar o meu último trabalho, planejei com a Fanny uma viagem por três países durante 10 dias. Fizemos um roteiro bacana, procurando um espírito mais aventureiro e menos turista desta vez. Visitaríamos a família dela no sul da França (Biarritz, Bayonne, Pau, etc.) e partiríamos de carro rumo a Portugal, cortando pela Espanha. Até porque a outra opção seria pelo oceano.

Tudo o que não tomei de vinho durante a minha vida, tomei nestes dias. No meu relacionamento com a Fanny a nossa comunicação é em inglês o tempo todo, mas quando estamos com a família ou os amigos dela ou meus, a questão da língua é um fator importante que fica prejudicado. Não é tão simples assim se virar nos gestos ou sorrir o tempo todo. A falta de comunicação gera uma não proximidade, ou pelo menos uma proximidade menor daquela esperada, infelizmente. Um tem que traduzir para o outro o tempo todo, e nunca conseguimos traduzir 100% as expressões ou o contexto do momento. É a mesma coisa que pedir para repetir uma piada. Mas, apesar disso tudo procurei aprender algumas frases, conversar em inglês com quem podia, e quando não entendia nada, fazia o levantamento de copo.


Em apenas dois dias no sul da França, descobri o lugar que gostaria de passar o resto da minha vida. A cidade que fiquei fazia parte do caminho de Santiago de Compostela (se você já viu o filme The Way, sabe do que estou falando. Se não viu, vale o play). É uma outra realidade, uma outra arquitetura, uma outra forma de viver. Tudo é tranquilo, tudo é simples, e eles são muito família. Biarritz é uma das cidades mais chiques que já estive na vida, e por ter sido palco no passado de castelos de reis e rainhas que tiravam suas férias por lá, é uma casa mais bonita que a outra a cada esquina. Bayonne era a cidade que a Fanny morava, trabalhava e estudava. Ela procurou me mostrar algumas especialidades do local na parte culinária, e vou te falar, francês come bem demais, além de comer muito. Normalmente eles dividem a refeição em: entrada, prato principal, sobremesa e queijo (às vezes com salada) por último. No final da viagem o cinto da minha calça já estava pulando um buraco.

Já na viagem para Portugal, estávamos em quatro pessoas, pois o irmão dela e um amigo se juntaram à nós. Ouvi francês, falei inglês e traduzia pro português. Ou seja, se vocês já não me entendem aí no Brasil, imagina aqui? E que viagem sensacional! Pegar o carro, cortar uma país, rodar nas estradas até a perna reclamar. Que demais! Fizemos uma pausa em Salamanca, na Espanha. Conhecemos a cidade (tanto na ida, como na volta), e fomos na famosa La Plaza Major, palco do filme Ponto de Vista, e especialmente, palco de uma história curiosa da minha família. Na década de 70, meus pais estavam naesta praça com meus irmãos ainda pequenos e ouviram uma mulher chamar o filho dela de "Ramón!". Eles gostaram e colocaram esse nome no meu irmão, Nuno.

Essa e muitas outras histórias estavam presentes o tempo todo na viagem, e desta vez, de maneira mais especial, estava mais perto do que nunca da minha família. Quando cheguei em Portugal, nem preciso falar. Ora pois, meu gajo! Que país maravilhoso. Infelizmente muita gente tem preconceito em visitá-lo, ou acho que não terá muita graça. É o país mais bonito que estive e quero conhecer muitas outras cidades ainda. Ficamos em Parede, do lado de Cascais, Estoril e Sintra, e a 17km de Lisboa. Como estávamos de carro, isso foi um fator muito benéfico na questão de locomoção. Cabo da Roca, o ponto mais ocidental do continente europeu nos presenteou com uma vista absurda. E, como já descrito em algumas redes sociais, tive o privilégio de poder visitar a casa por onde meus pais fizeram história por mais de 7 anos em Portugal, na famosa Rua Antônio Stromp, n.5. Várias histórias passando na cabeça e a imaginação de como era a vida naqueles tempos se construindo e desenhando em minha mente. Visita a escola em que meus irmãos mais velhos se alfabetizaram, nos estádios de futebol que minha família sempre gostou e uma visita especial para um grande amigo daquela época, Delmiro (e família), os quais nos recepcionaram muito bem e nos proporcionaram uma noite na melhor tradição familiar portuguesa. Até um jogo do Benfica no domingão pude conferir. Vai vendo!


Em Portugal, a educação nas escolas exige o aprendizado da língua inglesa e da língua francesa por no mínimo três anos, e após este período você tem que escolher uma delas para se especializar. E, do que vimos, a grande maioria da população tem este conhecimento e para a Fanny, seu irmão e o amigo se comunicar em francês não foi um problema. Inclusive, várias vezes, o pessoal se empolgava em falar com eles, e quem acabava me traduzindo era ela. E o brasileiro ainda achando engraçada as piadas com portugueses.

Como de costume no continente europeu, cada lugar visitado você descobre a história do mundo, e que naquele lugar algo de importante aconteceu. É impressionante. E com Portugal não poderia ser diferente. Na visita ao famoso Mosteiro dos Jerónimos, além de toda história de Portugal, um pouco do Brasil e de grandes nomes da cultura portuguesa, estava o túmulo de Fernando Pessoa, um dos escritores que mais gosto. Muito bacana! E, para não perder o costume, quando estava dirigindo rumo ao Oceanário, peguei uma equerda e uma direita errados e blau, caímos em outra cidade. Juro! E não é que estava rolando aquelas paradas com os touros nas ruas, correndo atrás de um monte de malucos desesperados nas ruas? Particularmente não gosto disso, mas ver a tradição de perto foi algo diferente.


Histórias, aprendizado, conhecimento e diversão! Mais uma das viagens para ficar na memória, e para me mostrar que na verdade, sei que nada sei.

Thiago "Tôca" Santos

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Capítulo 43: Uma vez fui viajar e não voltei

Não gosto muito de postar textos aqui que não são produzidos pela minha pessoa, mas quando estes são geniais, vale a pena compartilhar. É o caso do texto do Marcelo Penteado, que rolou no Facebook esta semana, principalmente nas Fan Pages de intercâmbio. 

Texto diferente, apesar do tema batido, mas sem ser clichê. Enfim, chega de enrolar e lê aê!

[...]



"Uma vez fui viajar e não voltei.
Não por rebeldia ou por ter decidido ficar; simplesmente mudei.
Cruzei fronteiras que eu nunca imaginaria cruzar. Nem no mapa, nem na vida. Fui tão longe que olhar para trás não era confortante, era motivador.
Conheci o que posso chamar de professores e acessei conhecimentos que nenhum livro poderia me ensinar. Não por serem secretos, mas por serem vivos.
Acrescentei ao dicionário da minha vida novos significados para educação, medo e respeito.
Reaprendi o valor de alguns gestos. Como quando criança, a espontaneidade de sorrisos e olhares faz valer a comunicação mais universal que há – a linguagem da alma.
Fui acolhido por pessoas, famílias, estranhos, bancos e praças. Entre chãos e humanos, ambos podem ser igualmente frios ou restauradores.
Conheci ruas, estações, aeroportos e me orgulho de ter dificuldade em lembrar seus nomes. Minha memória compartilha do meu desejo de querer refrescar-se com novos e velhos ares.
Fiz amigos de verdade. Amigos de estrada não sucumbem ao espaço e nem ao tempo. Amigos de estrada cruzam distâncias; confrontam os anos. São amizades que transpassam verões e invernos com a certeza de novos encontros.
Vivi além da minha imaginação. Contrariei expectativas e acumulei riquezas imateriais. Permiti ao meu corpo e à minha mente experimentar outros estados de vivência e consciência.
Redescobri o que me fascina. Senti calores no peito e dei espaço para meu coração acelerar mais do que uma rotina qualquer permitiria.
E quer saber?
Conheci outras versões da saudade. Como nós, ela pode ser dura. Mas juro que tem suas fraquezas. Aliás, ela pode ser linda.
Com ela, reavaliei meus abraços, dei mais respeito à algumas palavras e me apaixonei ainda mais por meus amigos e minha família.
E ainda tenho muito que aprender.
Na verdade, tais experiências apenas me dirigem para uma certeza – que ainda tenho muito lugar para conhecer, pessoas a cruzar e conhecimento para experimentar.
Uma fez fui viajar…
e foi a partir deste momento que entendi que qualquer viagem é uma ida sem volta."


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Capítulo 42: Dundalk

Dundalk (Dún Dealgan em irlandês) é uma cidade da República da Irlanda e é a capital do condado de Louth (An Lu em irlandês). Possui 37.816,00 habitantes e é conhecida por ser a cidade natal dos irmãos da banda The Corrs e da escritora Catharine Gaskin. 

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Quando vim para a Irlanda, lembro que logo pensei que seria uma boa oportunidade para conhecer alguma coisa da Europa, além do país, mas queria muito dar uma explorada por aqui também na Ilha da Esmeralda. E, mesmo sabendo que não visitarei tudo o que gostaria, conheci vários lugares sensacionais, muito da região dos arredores de Dublin e lugares mais afastados também, como é o caso de Dundalk. 


Mas aí você me pergunta: Dundalk? Mas porque lá? Só para tentar achar a vocalista do The Corrs (Andrea Corrs) e pedí-la em casamento? Também. Mas não apenas por isso.

Nota: Minha namorada, Fanny, fala fluente o espanhol e isso ajuda ela na compreensão do português, principalmente da leitura. Ou seja, vou apanhar quando ela ler isso! - Amor, Je t'aime! 

E falando na Fanny, eis o motivo de Dundalk ser a minha segunda casa aqui pela Irlanda. Mas vamos do começo. Calma, apenas um resumo. O mouse já tinha dado uma escorregada pro X ali no canto superior da tela, né?

No começo do nosso namoro ela estava desempregada e procurando por alguma nova oportunidade. Foi quando ela foi contratada pela Paypal e descobriu que não trabalharia na empresa em Dublin, mas sim em Dundalk e teria que se mudar para lá na semana seguinte. Foi uma época em que balançamos quanto ao relacionamento, mas decidimos continuar juntos nos programando para nos vermos aos finais de semana. A distância entre as duas cidades é de 85km (+/- 1 hora de carro), e fica bem no meio do caminho entre Dublin e Belfast. Comecei a ir com frequência para lá e conhecer mais da cidade. Na verdade, na Irlanda só existem duas cidades: Dublin e Belfast. O restante é divido em large town, town, small town e village. Dundalk é considerada uma town. Para entender mais sobre as divisões da Irlanda, o Rick nos explicou detalhadamente aqui.

Semanalmente estamos no ônibus da Companhia Matthews viajando pelas estradas, com uma paisagem verde e muito bonita acompanhando todo o percurso. Depois de sete meses fazendo isso, tive a proeza de pegar um ônibus errado e o motorista me largou no meio da estrada. Dúvida? Aperta o play!


Mas voltando a Dundalk, como toda boa região irlandesa, o centro da cidade é tomado por restaurantes e pubs, desde os mais tradicionais, até os mais modernos. Por ser mais interior, a vivência e a percepção de uma vida irlandesa ficam mais perceptíveis. Por mais que existam algumas (várias) empresas por lá - motivo pelos quais mais turistas estão imigrando para lá a cada ano - ainda se vê pouco destes nas ruas, além de muito comércio local, daqueles que o dono te puxa para conversar, cantar uma música ou mesmo contar uma velha história. 

Podemos encontrar por lá uma St. Patricks Church também, um dos Institutos de Tecnologia mais famosos do oeste do país e uma estação de trem equipada com um museu contando um pouco da história local, bem como uma relevante importância ao esporte e a arte (fotografia). 

Foi lá, inclusive, que vivenciei a noite mais louca da viagem até agora! Chegamos em um PUB, em um grupo, pedimos nossas Guinness e começamos a bater papo. Como de costume, uma banda começou a tocar e animar o pessoal. Eles eram bem brincalhões e bem irlandeses, tocando músicas raízes, misturadas com algumas mais famosas. Em um determinado momento tiveram a brilhante ideia de falar que eu tocava violão. Logo disse que não e pedi que continuassem o show. Mas eles queriam a participação do pessoal na sugestão de músicas. Foi aí que a Fanny virou para o maluco do violão e falou: "Meu namorado sabe tocar, chama ele pra você ver". O cara veio até mim, me deu o violão na mão e falou: "Você não tem como falar não, vamos lá tocar uma música com a gente!". Levantei e pedi pra ele me ajudar a cantar, porque quem me conhece sabe que o vocal não é o meu forte. Lembrando os velhos tempos, ainda mais aqui do lado da Inglaterra, toquei um som de uma banda que eu gosto quase nada, Oasis. A classiquera Wonderwall. Na segurança que todos cantariam comigo, e assim foi. Desacreditei enquanto tocava e a galera do pub ia seguindo junto, com palmas e copos erguidos. Ao final, os caras da banda ainda vieram me abraçar, super empolgados. Setáloko! Daquelas noites pra gente sempre guardar na memória e ter história pra contar no futuro.

Foto do PUB falado acima

Afim de conhecer uma cidade diferente das tradicionais por aqui? Dundalk é uma ótima sugestão. Além de ser a cidade que morarei no meu último mês aqui na Irlanda. 

Thiago "Tôca" Santos

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Capítulo 41: Aprendendo a aceitar a escolha do fim.

"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram"

Gloria Hurtado 

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Fiquei na dúvida sobre o título que daria a este capítulo, se este que lhes foi apresentado ou "a decisão". Em todo o caso, não quero fazer um post de despedida (ainda), mas sim compartilhar o momento em que decidi colocar um ponto final ao intercâmbio e os motivos disto. Não falarei em geral sobre encerrar o intercâmbio, falarei sobre a minha experiência, a qual acredito que pode servir de melhor exemplo e inspiração para pessoas em situações parecidas.

Mas aí, antes de tudo, você me pergunta:

- Thiagão, você vai me trazer umas lembrancinhas daí?

E eu respondo:

- Não!

Pois bem, após muito pensar, refletir, ponderar, conversar, orar, pensar mais um pouco e ficar na dúvida, decidi voltar ao Brasil. Pois é, pessoal. Em tempos de "VEM PRA RUA", o povo irlandês lançou uma forte campanha para mim, no caso "VOLTA PRA CASA!". E para alegria geral da nação irlandesa e tristeza geral da nação brasileira, estarei de volta à São Paulo em outubro.


Quando vim para Dublin fazer o intercâmbio tinha o plano de ficar seis meses, sendo estes prorrogáveis ou não, dependendo da minha situação. Lembro que em meados de maio, tive uma conversa com meus pais na qual eu falava que estava pensando em retornar em junho ou julho, após o término das minhas aulas, pois a situação estava difícil e eu não conseguia emprego. Porém, o namoro teve um grande peso na escolha de continuar minha vida aqui por mais um tempo, além é lógico de viagens planejadas e um emprego que havia conseguido no final do mês de maio.

Morar fora do país, ainda mais na Europa é algo que serei eternamente grato pelo privilégio, mas foi ótimo para perceber que os problemas e as dificuldades continuam presentes, apesar de por vezes se apresentarem de maneiras diferentes. Não consegui um emprego fixo aqui, e sim trabalhos temporários, bicos aqui ou ali, os quais me sustentavam para o próximo mês, mas nunca me davam a certeza de um futuro ou de uma possível renovação do visto. O mês de julho foi o pior mês (ou o menos legal) aqui, pois não estava sendo chamado no trabalho todos os dias, estava cansado de não ter grana e um tédio começou a tomar conta da minha rotina. Se eu não estivesse namorando, trocaria a passagem do voo para a semana seguinte, satisfeito por tudo o que já havia vivido.

Como eu disse no Capítulo 22 deste blog, o planejamento e o jeito que você vai optar por gastar o seu dinheiro é única e exclusivamente sua responsabilidade e sua opção. Temos a facilidade de viajar por preços ridículos  mais baixos que no Brasil e conhecer países vizinhos em finais de semana? Sim. Mas quando a verba é curta, cabe a você saber como gastá-la. Eu abri mão de sair, de comer em restaurantes, de gastar com cerveja, etc., procurando economizar e usufruir de uma maneira melhor, no caso viajando. E é o que farei até o final deste intercâmbio. Mas chega uma hora que, com o perdão da palavra, dá no saco não ter um euro no bolso e viver apenas para se sustentar (com dinheiro de sub-emprego ainda por cima).

Entendo o sub-emprego da seguinte maneira: como um MEIO, e as viagens e o sustento como um FIM. Sempre compreendi ele como uma facilidade durante um período, o qual nos planejamos. Mas, ficar aqui em Dublin, vivendo mais tempo, fazendo trabalhos braçais e recebendo pouco por isso, realmente vale a pena? Pode ser que para alguns, sim. Depende do que você quer para a sua vida. Eu acredito que já estou numa idade e numa fase que quero voltar ao Brasil, ter melhores oportunidades e começar a construir uma carreira, agora muito mais maduro e certo de minhas escolhas. Além de usar toda a bagagem que esta experiência me proporcionou. 

Não é fácil colocar um ponto final, e sem dúvida nenhuma uso o meu lado totalmente racional neste texto que vos é escrito aqui, bem como na minha decisão. Terei eu feito a escolha certa? Abrir mão desta qualidade de vida e desta experiência agora? E se... 


Posso ter inúmeras questões e inúmeros "e se...", mas estou certo de que este ciclo está se fechando, e eu procurarei dar a ele um fechamento sensacional.

"Every new beginning comes from some other beginning's end"

Dito isso, comecem a assar a carne e tocar um samba... Fé em Deus, Fé na Vida! Vamô com tudo!

Thiago "Tôca" Santos

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Capítulo 40: Aprendendo a não colocar a vassoura atrás da porta!

"A maturidade do homem consiste em haver reencontrado a seriedade que tinha no jogo quando era criança"

Friedrich Nietzsche 

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Há uns meses atrás enviei este texto para o site Papo de Homem e, após eles terem pedido algumas alterações para uma eventual publicação, compartilho com vocês por aqui:

"E a gente não cansa de aprender, com situações extremamente cotidianas, porém antes não vistas ou percebidas. Por exemplo? Receber visita. A primeira lida nesta frase parece algo comum e óbvio. Porém, nesta experiência que estou tendo o privilégio de desfrutar, é mais uma coisa que colocarei no currículo.

Primeiro, deixe-me situá-los do porquê da expressão citada "nesta experiência". Estou morando na Irlanda, em Dublin mais especificamente. Resolvi colocar a mochila nas costas e mudar o estilo de vida por um tempo, ir atrás de um sonho. Óbvio que aprender inglês é uma ótima desculpa para quem faz intercâmbio, mas a real é que esta viagem é muito mais que isso. E, da mesma maneira que vivencio uma liberdade nunca antes vivida - já que morava com meus pais até vir para cá - vivencio também uma responsabilidade nunca antes vivida.

Um grande poder traz uma grande responsabilidade 

Quando a gente mora com os pais nem sempre se dá conta do trabalho que dá receber uma visita. Pelo menos comigo era assim. 

- Filho, semana que vem os seus primos chegam para passar uns dias conosco.
- Tá bom, Mãe.
- Tenta dar uma organizada no quarto, por favor.
- Tá boooom, Mãe. O que tem de janta hoje?

E acabava que nunca organizava nada, e de repente meus primos estavam na frente da porta do meu quarto, no caso bagunçado. Entretanto, quando você começa a morar sozinho a história muda de lado e você vai para o lado negro da força, digo, para o lado dos seus pais.

Algumas vezes durante este ano que estou aqui do outro lado do oceano recebi visitas de amigos e família do Brasil. E, como um bom anfitrião (ou quase isso) procurei fazer tudo da melhor maneira possível para o bom conforto de todos. Só que é justamente nestas situações que você começa a se preocupar com coisas nunca antes pensadas na história deste país: O que será que eles gostam de comer? Se eles vão chegar do aeroporto com fome? Deixo algo mais ou menos pronto? Qual vai ser o cardápio da semana? E o roteiro do dia? Coberta, lençol e travesseiro para todos? Para quem eu posso pedir um favor? Tenho leite, manteiga, queijo, presunto, água e pão como comida básica disponível? 

Por mais que pareçam perguntas para quem está na larica, é importante você se preocupar com o que o pessoal vai comer. Além do que deixar para pensar isso na hora vai frustrar, muito provavelmente não sairá como planejado e ir ao mercado com fome é um rombo desnecessário para a carteira. 

O que vamos fazer? Dar uma estudada na cidade antes e nas atrações destas são fatores importantes. Essa pessoa que vem me visitar gosta do que? Onde posso levá-la? 

Onde vão dormir? Tem coberta suficiente? Lembre que você não está no seu país e a temperatura é diferente, sem falar da limpeza do quarto/casa. E não, não aquela limpeza quase um assopro que você enganava seus pais no passado, mas uma limpeza de verdade. Tirar e lavar cortina, tapete... Pode ser quase uma missão impossível, mas exatamente como no filme, procure deixar o resultado final da melhor maneira possível.

Já aprendeu a varrer um chão ou limpar uma estante?

Engraçado que hoje, olhando e relembrando meus pais antigamente, entendo o porquê diversas vezes eles pareciam longe em pensamento ou preocupados com algo. Apesar do prazer, da diversão, e de tudo o mais de bom que uma visita nos proporcionava, meus pais sempre a deixavam no maior conforto possível, e isso eu acabei herdando e aprendendo com eles.

E um grande treinamento para isso é você começar a se observar como visita quando está visitando um familiar, um amigo, uma amiga com segundas intenções ou seja lá o que for. Todos gostam de ser bem tratados. Duas dicas de ouro aqui são: 1 (como anfitrião). Procure comprar algo diferenciado para aquela pessoa que está te visitando. Se você sabe que ela gosta de, por exemplo, BIS sabor limão, mas com gosto de tamarindo, é esse mesmo que você vai revirar a cidade para achar. Pode parecer bobagem, mas faz uma diferença monstruosa; 2 (como visita). Ajude a limpar, lavar a louça, dar uma organizada. Depois de viver do lado de cá, serei uma visita diferente daqui para frente também. Não que eu fosse porcão ou folgado, sempre ajudei, mas percebi que sempre posso ajudar um pouco mais, mesmo que ouça um: "não precisa" de começo.

O resultado de tudo isso que estou falando bem provável que seja: você (e eu) acaba esquecendo metade e vai se virando nos 30 durante a semana. Mas isto no começo, depois você começa a pegar o jeito da coisa. Em um geral, entre mortos e feridos, salvam-se todos." 


Thiago "Tôca" Santos

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Capítulo 39: Conhecendo outros capítulos!

"Sou a única pessoa do mundo que eu realmente queria conhecer bem"

Oscar Wilde

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Conhecendo outros capítulos? Oi? Pois é galera. Quando ainda estava no começo deste blog o Rick deixou um comentário me convidando para participar de uma comunidade de "blogueiros da Irlanda". Pessoas que, assim como eu, repartem suas histórias, experiências, curiosidades e histórias sobre o intercâmbio e o velho mundo no geral com suas viagens. Muitos dos acessos que ocorrem aqui são de cliques vindos de lá, e o meu objetivo com este post é fazer você conhecer um pouco mais sobre a Irlanda clicando nos links abaixo. Cada um tem um jeito de escrever e uma visão diferente, o que poderá ser interessante para você leitor. Mais links estão relacionados na barra direita do site. Quando vim para a Irlanda, já fui beneficiado com sites sobre o país, mas hoje em dia parece que muito mais gente está querendo compartilhar isto online, o que é de grande benefício para você futuro intercambista, ou mesmo turista que pensa em conhecer a ilha.  

Enfim, chega de churumelas...

[...]


Quem sou eu?
Meu nome é Tarsila Krüse. Sou ilustradora, contadora de estórias e sonhadora, apaixonada pelo mundo e desfrutando a vida descobrindo novos lugares, cores, coisas e sabores. 

Uma característica e um defeito?
Curiosidade (característica e defeito).

Minha sogra é:
Vitaminada

O seu clique para o meu blog vai valer a pena porque...
O Vida na Irlanda oferece tudo, desde informações culturais, até as mais práticas sobre como visitar, estudar, conhecer e viver na Irlanda, sendo um dos blogs mais completos sobre o assunto.

A vida de uma Tôca na Irlanda é...
Um livro de memórias virtuais, que combina a experiência de descobrir o mundo através do aprendizado da vida. 

Link para o site: http://www.vidanairlanda.com/



Quem sou eu?
Ricardo Martins, mas por favor, me chame de Rick (se você ficar bravo comigo, chame de Ricardo). Bauruense, 24 anos, formado em Publicidade, pós-graduando em comunicação e trabalho com design e social media. Curioso, inconformado e sonhador desde criança (por influência dos filmes da Disney). Sempre quis ganhar o mundo e, sempre contei e inventei histórias e sempre soube que um dia eu chegaria lá. Mesmo não sabendo exatamente onde era "lá". Costumo dizer que sou aquele tipo de pessoa que tem o "bichinho". Sabe aquele bichinho que não te deixa em paz, que não te deixa se conformar com as coisas e que quer sempre mais? Que come o almoço pensando na janta? Então, eu tenho um. E é culpa dele. Única e exclusivamente dele, essa minha vontade de me jogar no mundo. 

Uma característica e um defeito?
Sou muito sonhador e otimista (em relação a algumas coisas), mas sou muito ansioso e, às vezes (quase sempre), isso me atrapalha.

Minha sogra é?
Irlandesa #brinks

O seu clique no meu blog vai valer a pena porque...
Eu procuro ser o mais transparente possível ao relatar as minhas experiências, sejam elas boas ou ruins e isso vai te fazer rir bastante, porque eu me meto em cada uma...

A vida de uma Tôca na Irlanda é...
Cheia de aventuras, como um filme da sessão da tarde e cheia de aprendizados, como todo ano sabático deve ser. Também é uma inspiração.

Link para o site: http://livinlavidarick.com/



Quem sou eu?
Eu sou Bárbara. Paulistana, professora de inglês, adoro estudar idioma e História. 

Uma característica e um defeito?
Sou empolgada quando estou feliz com alguma coisa, mas animo mesmo! Defeito: emotiva demais, choro com qualquer coisa.

Minha sogra é:
Hmmm... meio sem noção, mas é uma ótima cozinheira.

O seu clique no meu blog vai valer a pena porque...
Porque eu tenho uma visão crítica das coisas e dou dicas de várias passeios culturais por aqui.

A vida de uma Tôca na Irlanda é...
Um blog muito bem escrito e divertido. Sempre me pego rindo ao ler os posts do Thiago e sempre reflito sobre alguma coisa no final.




Quem sou eu?
Eu sou Bia, professora de Inglês e com alguns parafusos a menos, que foi morar na Irlanda porque não tinha nada mais interessante para fazer no Brasil. Paulistana, 20 e alguns anos, fã de The Smiths, Mafalda e Woody Allen. 

Uma característica e um defeito?
Dom divino da paciência / Teimosa.

Minha sogra é:
Que? Quem? :)

O seu clique no meu blog vai valer a pena porque...
Para rir e chorar das minhas histórias e saber um pouco mais sobre a Irlanda.

A vida de uma Tôca na Irlanda é...
Um blog com recortes de um intercâmbio na Irlanda, com impressões e reflexões do Tôca dessa experiência incrível.


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Capítulo 38: Parques em Dublin

"Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome"

Mahatma Gandhi

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Uma das coisas que pesquisei antes de vir para cá e o fiz logo que cheguei foi visitar os parques aqui pela cidade. Em São Paulo, costuma ir ao Parque do Ibirapuera com bastante frequência, correr, caminhar, observar o movimento e fugir um pouco daquela selva de pedra que o cercava. Muito influenciado por meus irmãos este comportamento. 

E aqui na Irlanda não foi diferente. A Irlanda é o país da Europa com mais área verde, e consequentemente com mais parques e reservas naturais. Ao todo na Irlanda são cinco parques nacionais e setenta e cinco reservas culturais. E uma das principais atividades que fazemos com quem vem nos visitar é levar aos parques para um passeio. E opção é o que não nos falta.

Como disse no capítulo com a magrela, eu e ela já estivemos em vários destes parques, sendo este um destino frequente no meu dia a dia. E não apenas meu, pois apesar de no verão ser muito mais frequentado, os irlandeses e turistas sempre estão presentes fazendo os seus piqueniques, jogando bola (quando permitido), tomando sorvete, lendo um livro, caminhando, praticando o seu esporte ou simplesmente fazendo um break no horário de almoço.

Não vou falar de todos os parques aqui, mas sim alguns que me chamam mais atenção e os quais costumo ir com mais regularidade. 

SAINT STEPHEN'S GREEN - Localizado no final ou no começo da Grafton St. - depende o ponto de referência - é um dos mais antigos e populares, cheio de canteiros de flores coloridas, estátuas, lago e um jardim para deficientes visuais. Talvez o meu favorito aqui, muito acolhedor. 


PHOENIX PARK - O maior parque fechado da Europa está localizado ao lado do Rio Liffey, e é aberto 24 horas por dia. Dentro dele estão localizados o Dublin Zoo, a casa do Presidente e a casa do Primeiro-Ministro. A extensão dele é absurda de grande, então a melhor opção é alugar uma bicicleta em uma de suas entradas e percorrer pedalando os principais pontos. Ele tem várias partes em que o sentimento de isolamento com a cidade se fazem muito presentes. 


MERRION SQUARE PARK - É um parque que recebe mais atrações, como artistas, exposições e festivais pequenos. Localizado na frente da casa em que morava o famoso escritor irlandês Oscar Wilde, você pode encontrar uma estátua do mesmo no meio do parque. 


EAMONN PARK - Do lado da minha casa - entre a Sundrive Road e Clogher Road - este parque oferece facilidades para quem quer jogar futebol de quadra ou campo, tênis, basquete ou, principalmente, para quem quer andar de bicicleta, pois tem um velódromo na sua parte central. 


BUSHY PARK - Além de tudo o que os outros parques oferecem, este tem uma pista de skate e bicicleta para a galera realizar suas manobras, campo para treinar futebol gaélico, além de uma área cheia de árvores, como uma gruta. Um pouco afastado do centro, localizado em Terenure, Dublin 6.


Como falei, a lista de parques é imensa, mas vale conferir e pesquisar sobre mais estes aqui também:

Dublin's Secret Garden - Dublin 2
National Botanic Gardens - Dublin 9
St. Patrick's Park - Dublin 8

Sei que este post, para quem não reside aqui ou para quem não planeja visitar a cidade é inútil, mas de vez em quando informações quanto a isso são relevantes a serem compartilhadas.

Thiago "Tôca" Santos

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Capítulo 37: Hannover

"Fortuna, fama, tudo podes perder, mas a felicidade do coração, ainda que por vezes esteja obscurecida, torna a vir enquanto viveres. Enquanto puderes erguer os olhos para o céu, sem medo, saberás que tem o coração puro e isto significa felicidade"

Anne Frank

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Acabou que o tempo passou e eu fiquei devendo um capítulo referente à Hannover, na Alemanha. Por ironia do destino, e por uma mancada gigante de uma pessoa (há males que vem para o bem), eu e o meu irmão acabamos as pressas visitando nossos familiares e amigos neste cidade na Alemanha, logo após Londres. Passamos cinco dias por lá e eu posso falar agora que pela primeira vez na minha vida senti algo diferente, senti realmente estar no primeiro mundo, senti o que é pisar na terra do chucrute. Calma, sem malícia com esse "sentir" e com o "chucrute" pessoal. 

Primeiramente (não usarei segundamente depois) quero deixar aqui mais uma vez registrado o meu muito obrigado à todos na Alemanha, que mais do que parentes, são reais amigos. Mostraram toda cordialidade, atenção e receptividade possíveis as quais, como disse aos meus pais, terei sempre comigo na lembrança e espero poder usá-las como exemplos quando for o anfitrião futuramente. 

Pronto, se você está lendo até aqui, você já passou da parte "não me interessa", caro leitor. Mas para mim era importante. Enfim, vamos a cidade propriamente dita. 


Hannover é a capital e a maior cidade do estado alemão da Baixa Saxônia, está localizada nas margens do Rio Leine e é a cidade que apresenta a maior área de exposições e feiras no mundo. 

Sempre ouvi falar que cidades ou países que já passaram por guerras e se reergueram das mesmas têm um clima diferente e uma força de união exemplares. E eu pude perceber isso em Hannover. Nunca antes na história da minha vida havia estado em uma cidade que fora completamente destruída por uma guerra, ainda mais a Segunda Guerra Mundial. É incrível você pensar isso, afinal parando para analisar a História do mundo, a última grande guerra é recente e ainda estudamos e vemos muitos vestígios deixados por esta. No centro da cidade está localizada a Prefeitura, e além de proporcionar uma vista absurdamente fantástica da cidade, na parte inferior existem quatro gigantes maquetes que apresentam Hannover pré-guerra, durante a guerra, pós guerra e atualmente, com sua modernidade. Belo trabalho, que valeu ter sido apreciado. Perto desta Prefeitura, existe também uma famosa igreja que foi mantida com o resultado causado pela guerra, sendo ponto de visitação por parte dos turistas, e acredito eu, ponto de memória dos cidadãos locais. 

Tive o privilégio de, pela primeira vez também, visitar um campo de concentração. E, caso você ainda não tenha visitado, a atmosfera é indescritível. Um silêncio barulhento. Um silêncio doído. Um silêncio de vergonha pela história. E, para completar o ciclo de visitas da Anne Frank - pois estive em Amsterdam no Anexo que a família permaneceu por dois anos - este campo de concentração, de nome "Bergen-Belsen", foi o local que ela e sua irmã Margot Frank morreram em 1945. 


Me referi a Alemanha como primeiro mundo porque lá você não vê papel na rua, ninguém atravessa no semáforo vermelho (comprovei isso!), todos falam no mínimo três línguas desde o berço, atenciosos, povo que paga por impostos mas vê o resultado no dia a dia, além de muito mais. Não é à toa que eles estão um passo a frente dos demais países na Europa. E isso que não fui a outros lugares, como Berlin, Frankfurt, etc. 

Ah, também teve um detalhe interessante. Na Alemanha a terceira faixa dos carros na estrada na teoria tem um limite de velocidade, mas na prática não. Ou seja, 160 a 190 km/h é relativamente normal. Imagina o cagaço cuidado que eu não estava olhando no velocímetro a cada dois minutos? 

Para completar, eu e o meu irmão tivemos a honra de conhecer a cidade a qual se originou a Família Heine, tendo contato com primos, parentes e amigos de nossos avós e pais. Até a casa que meu bisavô construiu estava lá. Inclusive na foto abaixo você observa meu irmão Nuno já de olho na herança, lógico... 


Mais um país e mais uma cidade que entram para o currículo desta viagem, além de muito aprendizado.

Thiago "Heine" Santos

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Capítulo 36: Liberdade x Responsabilidade

"Um grande poder traz uma grande responsabilidade"

Uncle Ben

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Uma das coisas que o intercâmbio vem me proporcionando é a possibilidade de conhecer diferentes pessoas, diferentes culturas e diferentes maneiras de ver o mundo. E ainda tenho isso de maneira mais específica com minha namorada, francesa. 

Nunca fui um cara desesperado por sair de casa, não aguentar os pais, irmãos, ou outras coisas as quais são frequentemente presentes em conversas com amigos. Sempre fui muito unido a minha família, e sempre reparei que cada um tem o seu canto e a sua maneira de agir durante a rotina diária. Não ausentes de problemas, mas estes nunca grandes o suficiente a ponto de me questionar e querer morar sozinho. Óbvio que desejamos isso algumas vezes, principalmente quando envelhecemos, mas a nossa cultura é diferente, e morar mais tempo com os pais tem se tornado comum - além do alto preço do mercado imobiliário.


Quando divido e converso isso com a Fanny, ela acha muito estranho, ao passo que de onde ela vem, aos 18 anos as pessoas saem de casa, na maioria das vezes financiada pelos pais, até arrumarem um emprego e colocarem como meta dos salários iniciais comprar a própria residência, assim como vários amigos delas o estão fazendo agora, e o qual ela comenta desejar fazer também. 

Vir estudar o inglês é uma ótima desculpa para fazer um intercâmbio. É lógico que eu procurei levar a sério, e continuo levando. Mas o intercâmbio é muito mais do que isso. E ele tem uma liberdade dentro dele indescritível. Apesar de saber que quando voltar ao Brasil vou voltar para a casa dos meus pais, eu posso dizer que sai de casa, e aprendi na marra as responsabilidades que estão intrínsecas em tal liberdade.

Não presto conta para ninguém sobre o que vou fazer no dia, a que horas vou chegar, se quero sair as três da manhã para dar uma volta na rua, se vou almoçar as quatro horas da tarde, ou se minha janta será miojo por três dias seguidos. A única pessoa que terá de ter responsabilidade sobre tudo isso sou eu mesmo. E a gente mesmo percebe que a liberdade é muito boa, mas depois de um tempo você se percebe se preocupando com o quarto desarrumado, com a roupa para lavar, com a comida com pouca proteína ou mesmo com as atividades físicas ausentes há tanto tempo. 

Dizem que você sair de casa e voltar a morar com os pais é algo difícil, pois você cria uma rotina e uma vida nova, a qual será limitada novamente. Não tenho ideia de como será, e não me preocupo com isso. Depois de morar fora experimentei algo totalmente novo para mim, algo o qual meus pais tiveram no passado, meus irmãos, meus amigos, você que está lendo, e assim por diante. Apesar de ter todos estes deveres que citei acima, os faço com o maior prazer e ser "dono de casa" é uma delícia. Principalmente quando recebo visitas. 

Sempre quis vivenciar um pouco o mundo sem me apoiar em alguém, e utilizei um modo um pouco radical de fazer isso, sozinho em um país diferente. Mas ao mesmo tempo, o aprendizado vem mais rápido, e os medos, receios e inseguranças que enfrento diariamente, são obstáculos muito prazerosos quando superados.


"Quando somos crianças, somos um pouco de cada coisa. Artista, cientista, atleta, erudito. Às vezes parece que crescer é como desistir destas coisas, uma a uma. Todos nos arrependemos por coisas das quais desistimos. Algo de que sentimos falta. De que desistimos por sermos muito preguiçosos ou por não conseguirmos nos sobressair. Ou por termos medo" - Trecho da série The Wonder Years (Anos Incríveis), Episódio 13, Coda. 


Antes de voltar a fazer o que estava fazendo, dá um clique no vídeo abaixo. Gravei na praia estes dias, novamente sem edição nem nada, apenas em um momento nostálgico. 


sexta-feira, 12 de julho de 2013

Capítulo 35: Magrela!


"Viver é como andar de bicicleta: é preciso estar em constante movimento para manter o equilíbrio"

Albert Einstein 

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Quando cheguei aqui em Dublin, uma das primeiras impressões que tive foi de como a cidade era pequena, se comparando a São Paulo de onde esta pessoa que vos fala procede. Tudo era novo e o deslumbre se fez presente por alguns vários dias. Andava para lá e para cá, alucinando na arquitetura da cidade, no trânsito do lado contrário e com blusas e mais blusas me protegendo do frio.

Sempre fui um cara definido, porte atlético, resistente... só que ao contrário. Saca? Magrelão, desengonçado, atrapalhado e perdido. No ano anterior a vir para cá eu fiz academia. Juro! Eu sei que parece mentira, mas não é. Para de rir.


Acredito que com a academia e uma cerveja hora ou outra  ganhei um pouco de peso (mais específico na região da barriga). Todavia, quando cheguei aqui e comecei com essas andanças diárias, cheguei a perder 7kg em apenas dois meses. Uou! Já fica a dica pra você que quer emagrecer. Quer perder peso? Pergunte-me como.

Quando me dei conta que estava começando a brincar de sumir, além de comer muito mais com a desculpa de que precisava ganhar massa, cansei de andar. Encheu o saco e eu resolvi começar a pesquisar preço de bicicleta por aqui. Quando olhei o preço das novas, ou das semi-usadas, eu não achei tão ruim a ideia de andar novamente. Mas aí um anúncio em uma fan page no Facebook me fez mudar de ideia, e por 50 euros comprei a magrela de um brasuca que estava indo embora.

Assumo que um dos motivos por eu ter comprado a bicicleta foi por conta que no início do namoro a Fanny morava do outro lado da cidade e caminhar 1h20 para ir e mais 1h30 para voltar (subida leve) perdeu a graça. No dia que comprei a bicicleta e fui na casa dela mostrá-la e fazer a surpresa, quem teve a surpresa fui eu: "Thiago, arrumei um emprego em outra cidade e estou me mudando no final de semana". Que sorte, han? Mas sobre o meu namoro isso será um capítulo adiante.

A partir desse dia comecei a pensar outro jeito de dar mais utilidade para a magrela. Além de ir e voltar para a escola e para o trabalho, queria algo mais. E, agora no verão europeu estou tendo mais oportunidades.


Comprei a bicicleta em janeiro, e o motivo pelo qual paguei barato foi pela falta de dinheiro mesmo, e porque ouvi algumas histórias de que eles costumam roubar muita bicicleta por aqui, ou partes das mesmas quando estacionadas nas ruas. Não queria chamar a atenção. Pena que o freio dela não pensa da mesma forma e o barulho que faz, consigo ter a atenção de todas as pessoas em volta em poucos segundos.

As ciclovias em Dublin são muito boas e tem por toda a parte. Inclusive quando você coloca no Google Maps uma rota de um destino que você deseja realizar, tem a opção de fazê-lo usando apenas a ciclovia. Bem bacana. E eu percebo que - salvas exceções - o pessoal respeita muito o ciclista aqui e vice-versa. As ruas são estreitas e, algumas vezes já me aconteceu de com carros estacionados eu ter de andar no meio da rua e segurar um trânsito de uns 10 carros, inclusive ônibus, etc., sem receber uma só buzina ou um xingamento. Pelo contrário, os carros diminuem a velocidade e te dão preferência. Sensacional!

Nos arredores de Dublin existem várias praias com paisagens incríveis para se conhecer, e bem perto. E é o que estou procurando fazer. Além de praticar um esporte - porque ultimamente estou mais parado que Saci de patinete - aproveito para conhecer mais da Irlanda. E, sim, com isso economizo dinheiro com transporte público. O ônibus e o luas são relativamente caros, mas oferecem um ótimo serviço, então eu não reclamo. Entretanto, se posso poupar essa grana, melhor. 

Uns meses atrás, quando ainda estava aprendendo a pedalar aqui no trânsito, era inverno e lá pelas 16h30 estava escuro. Esqueci de colocar a luz na parte da trás da bicicleta e um carro da polícia me parou. Me fizeram algumas perguntas e me alertaram para o perigo que é andar sem colete ou luz, não apenas para mim, mas especialmente para os carros. Convenci eles para não me multarem, prometendo no dia seguinte comprar estes itens. Apesar da bronca, me mostrou que a galera aqui parece ser mais consciente neste quesito.

Segue um vídeo abaixo, sem edição, curto, do passeio que fiz com a magrela no último sábado. 



Thiago "Tôca" Santos